Da Contraf-CUT

Negociação desta sexta envolveu auxílio educacional, 13ª cesta-alimentação, segurança, previdência complementar, entre outros temas

A mudança de estratégia de negociação, com mais discussões em cada tema, gerou alteração também na postura da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). “O novo formato proposto pelo Comando Nacional propiciou que se aprofundasse o debate, que os negociadores levassem as discussões para os bancos e se comprometessem a dar respostas concretas” – disse o presidente da Contraf-CUT, Vagner Freitas. “Sabemos que as conquistas só vêm com mobilização de todos os bancários, mas estamos avançando no entendimento de cada ponto e num processo diferente, com possibilidade de mais ganhos para os trabalhadores” – analisou.
Nos dois primeiros dias de negociações efetivas, alguns pontos avançaram, em outros há necessidade de discutir a redação de cláusulas para resolver pendências, mas há perspectiva de avanços. “Deixamos claro que a mudança do processo negocial tem de levar a resultados concretos para os bancários” – disse Vagner.
Veja a seguir o resultado de cada ponto das negociações desta sexta-feira, 31 de agosto:

• Auxílio-educacional – os bancos insistem que esse não é assunto para constar em Convenção Coletiva Nacional (CCT), que deve ser uma política banco a banco. O Comando Nacional dos Bancários insistiu que essa é uma política que já vem sendo adotada por várias empresas e que deve constar na CCT. O debate será retomado nas discussões sobre remuneração total.

• 13ª cesta-alimentação – pela primeira vez não descartaram logo no início da negociação. A negociação será retomada quando se discutir remuneração total no próximo dia 5.

• Abrangência (CCT para todos os trabalhadores do sistema financeiro) – aceitaram debater, com a ressalva de que não podem negociar sem mandato das financeiras e outras empresas. Pela primeira vez admitiram que é inevitável “um dia fazer acordo para todo o ramo financeiro”.

• Segurança Bancária – foram apresentados três temas: obrigatoriedade de instalação de porta de segurança, emissão de CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) em caso de assaltos e seqüestros, não transporte de numerários por bancários. Os representantes dos bancos disseram não ter autorização para debater questões técnicas e ficaram de levar as propostas para os bancos.

• Isenção de tarifas para funcionários – afirmam que é diferente do auxílio-educacional, que esta é uma cláusula coletiva, mas que deve ser tratada banco a banco. Foi requisitado que a Fenaban oriente os bancos a abrirem então essas negociações.

• Previdência Complementar – não houve avanços.

• Delegado Sindical – não houve avanço.

Na próxima reunião, em 5 de setembro, o tema debatido será Remuneração total e as cláusulas relativas à manutenção do emprego.

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