A greve, se comparada aos anos anteriores, foi mais curta em termos de dias de paralisação – nove nos bancos privados e no Banco do Brasil e dez, ao todo, na Caixa (em 2011, foram 18 dias parados; em 2010, 15) -, mas, nem por isso, menos intensa e coesa. A maciça participação dos bancários arrancou dos patrões novas conquistas e um índice de reajuste de 7,5% para os salários (aumento real de 2%) e de 8,5% para vales alimentação e refeição (2,95% de aumento real).
A parte fixa da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e o teto do adicional subiram 10% (aumento real de 4,37%).
Na Caixa, além da PLR da Fenaban, os empregados receberão, pelo terceiro ano consecutivo, a PLR Social, que corresponde à distribuição de 4% do lucro líquido.
Leia, na página 2 desta edição, as propostas aprovadas pelos empregados para os itens específicos da Caixa.
A greve – os bancários de todo o País cruzaram os braços em 18 de setembro, de acordo com deliberação aprovada em assembleias no dia 12.
A partir daí, a cada dia, o movimento grevista aumentava e ganhava novas adesões Brasil afora.
Na Caixa, o destaque ficou por conta dos tesoureiros, que participaram ativamente da paralisação e engrossaram os números do movimento paredista no Estado.
Em 21 de setembro, cerca de 2 mil trabalhadores tomaram a Avenida Paulista, principal centro financeiro do País, para um ato unificado convocado pela CUT, com a participação de representantes de outras centrais sindicais.
A manifestação reuniu categorias em campanha salarial no segundo semestre, como bancários, metalúrgicos, petroleiros e funcionários dos Correios na luta por condições dignas de trabalho e aumento real de salários.
Intransigência dos patrões – tanto a Fenaban quanto a direção da Caixa mantiveram-se caladas durante os nove dias da greve nacional. Somente em 25 de setembro é que os patrões retomaram as negociações, diante da pressão dos bancários em todo o País.
Na rodada de negociação antes da greve, em 4 de setembro, a Fenaban havia oferecido reajuste de 6%, com aumento real de apenas 0,58% para salários e demais verbas.
Os trabalhadores dos bancos privados e do Banco do Brasil aceitaram, respectivamente, a nova proposta da Fenaban e os itens específicos e encerraram a greve no dia 26.
Na Caixa, empregados de diversas bases sindicais do País rejeitaram a proposta da direção do banco e encerraram a paralisação apenas em 27 de setembro, depois da realização de novas assembleias.

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