As negociações da Campanha Nacional dos Bancários tiveram início, efetivamente, em 23 de agosto, com a reunião entre a representação dos trabalhadores e da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), na capital. No dia 25, foi a vez de a direção da Caixa começar os debates sobre os itens específicos, em Brasília.
Nos dois encontros, foram definidos calendários para discussões entre a representação dos bancários e dos banqueiros (veja quadro abaixo).
Acompanhe, a seguir, os desdobramentos das duas reuniões.

• Fenaban
Representantes do Comando Nacional dos Bancários e da Fenaban iniciaram o debate sobre saúde do trabalhador e condições de trabalho, com foco no assédio moral.
Sobre esse último tema, foram levados em conta, para as discussões, os resultados da mesa temática sobre saúde do trabalhador, realizada, neste ano, em três ocasiões: 20 de abril, 5 de maio e 24 de junho.
Os representantes dos trabalhadores também abordaram, na primeira reunião com a Fenaban, as reivindicações contra metas abusivas, isonomia de tratamento para os bancários afastados por problemas de saúde e avanços nos direitos dos trabalhadores com deficiência.

• Dia Nacional de Luta em 31 de agosto
Para pressionar os banqueiros a avançar nas negociações sobre combate ao assédio moral, metas abusivas e falta de segurança bancária, o Comando Nacional marcou, para 31 de agosto, terça-feira, a realização de manifestações em um Dia Nacional de Luta. Consulte o Sindicato dos Bancários de sua base, informe-se sobre as atividades programadas e participe.

• Negociações específicas com a Caixa
No dia 25, foi a vez de o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, com acompanhamento da Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa), reunir-se com a direção do banco.
No encontro, foram discutidos pontos pendentes da mesa de negociação específica, tal como a instalação dos Comitês de Combate ao Assédio Moral.
Os trabalhadores propuseram que os debates sejam encaminhados concomitantemente às discussões com a Fenaban, uma vez que os dois programas têm algumas diferenças.
“Não queremos criar estruturas distintas para o mesmo fim. Nossa ideia é que o comitê também tenha o caráter de mediar conflitos no ambiente de trabalho”, avaliou o secretário de Saúde da Contraf-CUT e empregado da Caixa, Plínio Pavão.
Outro tema abordado foi a promoção por merecimento, porém, não houve avanços, já que a Caixa não cumpriu o acordado na última reunião e não trouxe respostas para possibilitar a implementação das promoções.
“No encontro anterior, representantes do banco disseram que teriam resposta até o fim de julho e agora, já no fim de agosto, não trouxeram nada. Estamos no segundo semestre de 2010 e a avaliação deve ser feita em relação a 2009, o que pode prejudicar o processo. A não realização da promoção pode colocar em risco a própria credibilidade do plano”, disse Plínio.
De acordo com informações da empresa, a Caixa está trabalhando para resolver o problema.
“A Campanha Nacional já está nas ruas.Precisaremos de muita mobilização e luta dos bancários para conseguirmos manter a trajetória de conquistas que marca a categoria nos últimos anos”, comentou o coordenador da CEE-Caixa, Jair Ferreira, que assessora o Comando Nacional nas negociações específicas com o banco.

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