A direção da Caixa enviou uma resposta ao ofício em que a Fenae cobra um posicionamento do banco sobre a precariedade das condições de trabalho nas unidades do banco.
A última edição da revista Fenae Agora, publicada em junho deste ano, retrata um cenário alarmante nas agências por conta da escassez de pessoal, o que provoca o adoecimento físico e mental dos empregados devido a cobrança pelo cumprimento de metas abusivas.
No documento encaminhado à Fenae, a direção da Caixa garante, sem detalhas as ações, que “tem se empenhado em garantir condições adequadas de saúde, segurança e bem-estar aos empregados” e, ainda, alega que “possui limite do seu quadro de pessoal estabelecido pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, conforme critérios adotados por este órgão”.
Com relação à quantidade de empregados nas agências e unidades de suporte, a empresa alega que os estudos levam em conta “critérios de mercado e internos, tais como: aspectos socioeconômicos, tamanho populacional, potencial de cliente PF/PJ, atendimento ao cidadão/atendimento aos Programas Sociais, além da Estratégia Empresarial e do Modelo de Atendimento Caixa, entre outros”.
O banco afirma, ainda, no ofício, que “o adoecimento dos empregados é atestado pela empresa após análise, parecer e decisão do médico assistente e médico do trabalho, que se baseiam em avaliações clínicas, aspectos e condições de saúde e segurança no trabalho, o que garante lisura ao processo”.
Durante a realização da 30ª edição do Conecef, no início de junho, o tema foi debatido intensamente. Os delegados debateram sobre a necessidade de intensificar a luta por mais contratações e, assim, oferecer condições de trabalho dignas aos empregados da Caixa. Outra prioridade será a luta pelo fim do trabalho gratuito, com jornada de 6 horas para todas as funções, sem redução salarial e, ainda, a extinção do registro de horas negativas no Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon).
Para o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, a mobilização dos trabalhadores é fundamental para pressionar a Caixa a promover as necessárias melhorias nas condições de trabalho.
Fonte: Fenae Net
