Trabalhadores têm enfrentado ameaças de transferência de lotação e perda de função

Diversas denúncias de empregados quanto à pressão para cumprimento de metas têm chegado à APCEF/SP.
O terror nas unidades, que parecia ter ficado para trás, voltou com tudo. De acordo com empregados da Caixa, a pressão por venda de produtos, principalmente consórcios e seguros, tem sido diária depois que a área responsável da Matriz – a de Segmentos e Distribuição (Vised), a qual tem como vice-presidente João Carlos Garcia e como diretor-executivo Antonio Limone – impôs metas absurdas, em janeiro deste ano.

• Matriz “atropelou” os números

De acordo com informações, a Vised teria “passado a limpo” suas próprias decisões e alterado as metas já definidas para 2005.
Um empregado contou que, no fim do ano passado, os gerentes gerais, juntamente com sua equipe, teriam elaborado um Plano Nacional Participativo (PNP), homologado pelos ENs e pela Vised, o qual trazia um estudo sobre as metas a serem atingidas por cada unidade, levando em consideração a região em que está localizada, o crescimento do ponto de venda, o histórico da agência, a expectativa de crescimento do País, além de um acréscimo de 30% nas projeções para 2005.
“As projeções já haviam sido aprovadas e serviriam de parâmetro para as metas deste ano. Só que, em janeiro, a Matriz lançou uma campanha chamada Projeto Empresarial Alta Performance, a qual colocou abaixo todo o trabalho feito nas agências e o que é pior: chegou a duplicar os números a serem atingidos em cada unidade” – denunciou o empregado.

• Ameaças

Ainda de acordo com informações, de janeiro para cá, as ameaças têm sido constantes para o cumprimento de metas e são feitas em reuniões de superintendentes dos ENs com os gerentes.
“Tudo é feito verbalmente. Não há registro em documentos. Mas fala-se em transferência de lotação e perda de função para aqueles que não atingirem os números estipulados” – contou o empregado.
“Assim que os Escritórios de Negócios recebem o relatório de vendas de cada unidade, conferem as metas. Se essas não foram cumpridas, logo em seguida é enviado um ‘lembrete’ para a gerência do ponto de venda informando que as metas do dia seguinte devem suprir, também, os números não alcançados” – completou.

• Contrato individual é ilegal

Outras denúncias dão conta, também, de que alguns ENs têm exigido que empregados assinem contrato individual para cumprimento de metas, o que fere o regulamento de pessoal da Caixa e o termo de compromisso assinado entre o banco e o Ministério Público do Trabalho, que proíbe tal procedimento.

• Apuração das denúncias

A APCEF/SP está averiguando todas as denúncias recebidas e já encaminhou, para a Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa), um relatório sobre a pressão para cumprimento de metas.
“O empregado não deve assinar qualquer tipo de contrato para cumprimento de metas” – alertou a diretora-presidente da APCEF/SP, Fabiana Matheus.
“Toda essa pressão pode ser considerada como assédio moral e vamos tomar as providências cabíveis para garantir os direitos dos empregados” – finalizou.

• DENUNCIE •

Se você estiver sofrendo qualquer tipo de pressão para cumprimento de metas, ligue para a diretoria da APCEF/SP, (11) 3017-8322
ou 3017-8324 – e-mail: diretoria@apcefsp.org.br.

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