Terminou sem avanço algum a rodada de negociações da Campanha Nacional 2010, que tratou de remuneração. Mais uma vez, os bancos não levaram para o encontro propostas às principais reivindicações dos trabalhadores e deixaram para a próxima reunião, em 22 de setembro, quarta-feira, a apresentação de uma proposta global à categoria.
Diante do descaso dos banqueiros, os trabalhadores marcaram um dia nacional de luta para terça-feira, dia 21, e poderão deflagrar greve, por tempo indeterminado, a partir do dia 29, quarta-feira. Na terça-feira, dia 28, devem acontecer assembleias para discutir e deliberar sobre a proposta dos bancos.

A reunião da quinta-feira fechou a quarta rodada de negociação, sobre o tema remuneração, que começou na quarta-feira, dia 15, quando o Comando Nacional reafirmou as reivindicações de reajuste salarial de 11%, valorização dos pisos salariais e plano de carreiras, cargos e salários (PCCS).

As negociações com a Fenaban giraram em torno da PLR, dos auxílios-refeição e educação, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação, auxílio-creche/babá, previdência complementar e 14º salário.

Confira como foi a negociação desta quinta-feira:

PLR
O Comando Nacional defendeu a reivindicação de três salários mais R$ 4 mil fixos de participação nos lucros e resultados. Os bancos disseram que não querem mexer na fórmula atual, que prevê a regra básica e uma parcela adicional, e apenas corrigir os valores.

Auxílio-refeição e cesta-alimentação
O Comando Nacional também insistiu nas reivindicações de elevação para um salário mínimo (R$ 510) os valores do auxílio-refeição, da cesta-alimentação e da 13ª cesta-alimentação. A Fenaban rejeitou o pleito e afirmou que o reajuste desses auxílios acompanhará o mesmo índice de reajuste dos salários.

Auxílio-creche/babá
Os bancos não apenas rejeitam a reivindicação de elevação do valor para um salário mínimo (R$ 510), como querem reduzir a concessão dessa conquista dos atuais 6 anos e 11 meses para 5 anos e 11 meses, alegando que a lei de ensino fundamental reduziu a idade de ingresso escolar para 6 anos. O Comando Nacional defendeu a manutenção do período atual e reforçou a necessidade de aumentar o auxílio creche/babá.

Auxílio-educação
Os banqueiros se negaram a atender essa reivindicação, já conquistada em alguns bancos. Eles alegam que essa demanda deve ser tratada banco a banco. Ainda recusaram incluir uma cláusula sobre auxílio-educação na Convenção Coletiva para que essa demanda possa ser negociada em cada empresa.

Previdência complementar
O Comando Nacional defendeu a criação de planos de previdência complementar em todos os bancos, como forma de garantir uma renda para os bancários na aposentadoria. A Fenaban se recusou a discutir a proposta, preferindo remeter o tema para a negociação empresa a empresa.

14º salário
O Comando Nacional propôs a concessão de um 14º salário, como forma de melhorar a remuneração dos bancários, diante da evolução dos lucros dos bancos. Mas a Fenaban negou a reivindicação.

Reuniões nas unidades
A APCEF/SP está realizando reuniões nas agências para debater campanha salarial. Caso tenha interesse em organizar um encontro em sua unidade, ligue (11) 3017-8322 ou envie e-mail para sindical@apcefsp.org.br.

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