Fonte: Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região

• Bancários decidiram em assembléia realizada nesta quinta, 23. Paralisação chega ao 17º dia na sexta-feira, quando haverá uma nova assembléia •

Após intenso debate, os empregados da capital rejeitaram a proposta apresentada pela direção da Caixa Econômica Federal para renovação do acordo coletivo. Mais de mil trabalhadores compareceram à assembléia e cerca de 55% decidiram pela continuidade da greve que nesta sexta, 24, completa 17 dias. Um movimento que se mantém forte desde 8 de outubro, quando foi iniciada a paralisação.

O Comando Nacional dos Bancários havia orientado que as assembléias aprovassem a proposta porque a direção da Caixa deixou claro que a negociação havia chegado ao limite. “A decisão da assembléia é soberana e manteremos a greve conforme decidido democraticamente pelos trabalhadores”, diz a diretora do Sindicato Jackeline Machado.

TST – Na noite desta quinta-feira, o Sindicato foi informado da retirada do dissídio sobre a greve da Caixa, no Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília. A greve no Distrito Federal foi encerrada na quarta-feira.

Brasil – Além de Brasília, a greve foi encerrada na Bahia, em Belo Horizonte, Alagoas, Roraima, Rondônia, Sergipe, Porto Alegre, Florianópolis, no Espírito Santo, Mato Grosso, Pará e Acre. Até o fechamento dessa edição, uma série de assembléias ainda estava em andamento. A paralisação continua no Piauí e nas cidades do Rio de Janeiro e Três Rios.

Assembléia – Os empregados realizam nova assembléia nesta sexta, dia 24, às 17h, na Quadra (Rua Tabatingüera, 192, Sé), para definir a continuidade da greve.

Proposta rejeitada

* O valor descontado relativo ao dia 30 de setembro seria devolvido aos bancários até o dia 20/11. O banco afirmou que a paralisação de hoje, dia 23, teria o mesmo tratamento dado aos demais dias de greve pela proposta da Fenaban, ou seja, compensação. No entanto, a compensação seria feita até o aé 16/12.

* Aplicação de 10% em todas as referências salariais do PCS das carreiras administrativas e profissionais, mantendo os percentuais entre as referências salariais. Dessa forma, o piso da tabela do PCS (Referência 201) passaria de R$ 1.244 para R$ 1.369.

* A PLR seria de 90% da Remuneração Base – RB (12,5% de aumento na cota praticada em 2007), mais R$ 966 (aumento de 10% na parcela fixa) com teto de R$ 6.301 (aumento de 8,15%).

* Além da PLR básica, seria paga parcela adicional. Pela regra, de acordo com o crescimento do lucro, o valor mínimo de R$ 1.320 e o máximo de R$ 1.980 por empregado.

* Seria iniciada negociação para a construção de proposta para o PCC. O projeto seria discutido até 30 de junho de 2009, a implantação começaria no segundo semestre de 2009 e finalizada até dezembro de 2009.

Atualizado às 21h28.

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