Em mais um show de desrespeito com os empregados, o vice-presidente Paulo Ângelo anunciou que haverá um aumento nas metas estabelecidas para as unidades, conforme determinado pelo Conselho Diretor da empresa, liderado pelo presidente Pedro Guimarães.

A mudança, imposta a poucos dias úteis de terminar o ano, é a antítese do que seria uma boa gestão. As unidades haviam se programado para o final do ano considerando o resultado que já haviam alcançado, seguindo o que estava previsto desde o retorno do Conquiste, no início do semestre.

Assim, diversos gestores programaram as férias/Apip dos empregados ou as suas próprias, ou se planejaram para utilizar o período de compensação, de até 10 dias, reconhecido pela empresa para os gerentes gerais de Rede. Seria um momento para a equipe se recompor do esgotamento sofrido por conciliar o atendimento do público que busca os programas sociais com a busca por alcançar as metas que haviam sido estabelecidas (e já superadas por praticamente todas as unidades).

O aumento arbitrário nas metas é absolutamente desproporcional. Muitas agências precisam dobrar o resultado conseguido até agora para alcançar o que agora é esperado.

Usando analogia futebolística, é como se um time precisasse ganhar de um a zero do rival para passar à próxima fase e, faltando cinco minutos para terminar a partida, com o treinador já tendo substituído o atacante e o meia por volante e zagueiro, o juiz anunciasse que seria necessário marcar mais um gol para que fosse alcançado o objetivo. E, para piorar, desse cartão vermelho para parte do time, que foi o que a Caixa fez com o desligado compulsoriamente dos aposentados após a Reforma da Previdência.

Ao mudar a regra do jogo durante a partida, foi o que Pedro Guimarães, Paulo Ângelo e companhia fizeram. Em vídeo veiculado aos empregados em setembro, o presidente havia anunciado que os empregados teriam uma “surpresa” no Bônus Caixa. Só não era imaginado que a surpresa seria esta.

A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) já entrou em contato com a direção do banco e aguarda uma solução com urgência.

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