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Reunião realizada na Giret debateu os problemas da implantação do Sisag nas agências: empregados enfrentam muitas dificuldades no dia a dia  

Incertezas, retrabalho e transtornos: essas são as consequências da implantação do Sisag nas unidades da Caixa.
As dificuldades denunciadas à APCEF por aqueles que estão na linha de frente, “cara a cara” com os clientes e que lidam direta e diariamente com os problemas – os empregados – não são “encaradas” pelos gestores responsáveis pela implantação do sistema como problemas efetivos. Para eles, tudo faz parte do processo, em uma clara demonstração de desconhecimento do dia a dia dos trabalhadores dentro das unidades.
Os empregados já estão cansados de ouvir as promessas de que tudo será resolvido, porém, não há esclarecimentos sobre o assunto.
A comunicação é falha, o suporte é insuficiente e os empregados estão preocupados com as inconsistências geradas pelo novo sistema e suas consequências no dia a dia.
“Ficamos pós-expediente para resolver os problemas e verificar todas as autenticações do dia, trabalho dobrado…”, contou um dos empregados.
Há relatos de agressões a empregados dentro de agências, reclamações de clientes que receberam cobranças de boletos já pagos, demora no atendimento, pagamentos duplicados, instabilidade constante no sistema…
Em reunião com os gerentes da Giret Paulista e Ipiranga, em 28 de dezembro, os diretores da APCEF e do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região cobraram atenção aos empregados. “Este tipo de falha é inadmissível na implantação.Os trabalhadores não podem ser penalizados por falhas ocorridas nesse período”, enfatizou o diretor-presidente da APCEF, Sérgio Takemoto.
Os gerentes alegaram que não são os responsáveis pela implantação do sistema e que, assim como os empregados, receberam um treinamento e fazem o possível para auxiliá-los. Disseram, ainda, que a partir deste mês o Sisag não será mais expandido até que se estabilize.
O projeto-piloto foi implantado, inicialmente, em quatro agências. Atualmente, são 290 unidades em todo o País.
Responsabilidades – o gerente executivo da Gerência Nacional de Padrões para Retaguarda (Genap), que participou da reunião via audioconferência, justificou que a atuação do setor é dar suporte tecnológico e afirmou que a empresa está trabalhando para oferecer estabilidade ao sistema e segurança nas transações. “Acompanhamos alguns indicadores e quando começam a apresentar problemas sempre informamos a Giret, que deve repassar a informação a todos”, esclareceu o gestor da Caixa.
Em relação ao suporte, o gerente executivo da Genap afirmou que foram treinados multiplicadores para atuarem junto às gerências e que nada ficou sem resposta. A orientação dada pelo gestor da Caixa, quando acontecer um problema, é que o empregado acesse a página da retaguarda ou a da Ceati.
Ocorrências – os principais transtornos ocorreram nos dias 10 e 24 de dezembro, com a perda de transações de quase todas as unidades com o Sisag.
De acordo com os representantes da Caixa, ainda na primeira quinzena deste mês devem ser sanados os problemas e deve ser estudado um novo cronograma para expansão do Sisag. “Ainda é cedo para definirmos o que será realizado. Fizemos algumas alterações nas últimas semanas e começaremos a verificar as mudanças e como será o comportamento do sistema agora em janeiro”, afirmou o gerente da Genap.
A APCEF está acompanhando todo o desdobramento e o prazo dado pela Caixa para normalizar a situação.

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