Mais uma vez a fragilidade do sistema de segurança da Caixa atingiu a agência Sé, na capital.
Unidade vulnerável à ação de bandidos por não ter controle algum de segurança nos acessos ao prédio, a agência passa por intermináveis reformas que facilitam, ainda mais, a investida de ladrões.

Assalto
Em 14 de abril, cerca de seis assaltantes renderam a vigilância interna da agência por volta das 7h30 e, logo em seguida, também o pessoal da Retpv para abordar o carro-forte da unidade que estava para chegar. O vigilante foi agredido com coronhadas na cabeça.
Uma tesoureira da agência, ao chegar para o trabalho, notou que um funcionário estava rendido e percebeu o assalto, informando a gerência da unidade que acionou imediatamente a polícia.
Quatro assaltantes foram presos, os demais fugiram com o dinheiro. A agência permaneceu fechada o dia todo, inclusive o auto-atendimento.
Representantes da APCEF/SP e do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região estiveram presentes na unidade e obtiveram o compromisso dos responsáveis pela agência Sé de que os Comunicados de Acidente de Trabalho (CATs) seriam abertos para todos os empregados do prédio. “As entidades estão solicitando, também, que terceirizados e prestadores de serviço tenham direito à abertura de CAT” – comentou o assessor da APCEF/SP Marcos de Castro.

Reformas
Iniciadas no fim de 2000, as obras foram paralisadas em 2002 por causa da falência da construtora responsável pelas reformas.
Existe, inclusive, uma disputa judicial entre a Caixa e a construtora que impede a continuação das obras por outra empresa.
As reformas acabaram por agravar a falta de segurança no prédio: diversos tapumes, divisórias, materiais de construção espalhados, um grande número de pes-soas alheias à unidade circulando livremente, inclusive em fins de semana… facilitaram, e ainda facilitam, a ação de bandidos.
Isso sem contar a falta de condições de trabalho dos empregados que convivem, até hoje, com poeira e falta de espaço. “Quando em andamento, o barulho das obras também atrapalhava demais nosso dia-a-dia na agência” – comentou um empregado.

Segurança em pauta
As entidades representativas dos empregados devem pautar uma reunião com a área de segurança da Caixa para o fim de abril, quando o novo responsável pela Representação de Segurança (Re-seg) de São Paulo assume o cargo.
Devem fazer parte do encontro, também, representantes da Giinf e do EN Sé. “Independente de reuniões e obras incompletas, medidas urgentes de segurança precisam ser tomadas” – comentou a diretora-presidente da APCEF/SP, Fabiana Matheus.

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