Um dos itens com maior índice de reclamação na APCEF/SP refere-se às condições de trabalho nas unidades da Caixa, que, na maioria das vezes, estão aquém do considerado ideal e saudável para os empregados. Tão inaceitável quanto o fato de a direção da Caixa não oferecer condições adequadas de trabalho é constatar o descaso com que a empresa lida com as denúncias e notificações sobre a precariedade de suas instalações.
Em 10 de junho, o auditor fiscal da Delegacia Regional do Trabalho (DRT) – com acompanhamento da APCEF/SP e do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região – esteve na agência Shopping Frei Caneca, na capital, para autuar a Gerência de Recursos Materiais (Gimat/SP) por descumprir determinação do órgão fiscalizador.
De acordo com o auditor fiscal da DRT, o banco, que tinha 15 dias para alterar o layout da RETPV, solucionando os problemas de falta de espaço no local, de ventilação, de luminosidade, no piso e nos computadores, não cumpriu o prazo. Agora, pasmem para o inusitado, para não dizer absurdo: esse prazo foi dado em 30 de março de 2006, data da primeira visita do fiscal à unidade.
Depois de mais de dois anos, os únicos itens regularizados pela Gimat/SP foram a iluminação e a troca dos computadores.
Agora, a DRT solicitou que os responsáveis da Caixa apresentem um projeto de adequação da RETPV e um prazo para que todas as solicitações sejam atendidas. “Esse tipo de situação é inaceitável. A direção da Caixa precisa rever o conceito, do qual tanto se orgulha, de que o banco é uma das melhores empresas para trabalhar. Se continuar nesse ritmo, o orgulho se transformará em vergonha a curtíssimo prazo” – afirmou o diretor de Relações Sindicais, Sociais e Trabalhistas da APCEF/SP, Edvaldo Rodrigues da Silva.

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