Dentro do calendário aprovado, em maio, pelos empregados durante plenária sobre o Plano de Cargos e Salários (PCS), 26 de junho, quinta-feira, é dia de realização de assembléias em todo o País para discutir a proposta apresentada pela direção da Caixa em rodada de negociação no último dia 18.
Consulte o Sindicato de sua base e informe-se sobre horário e local das assembléias em sua região.

• Nova proposta
A proposta apresentada pela Caixa representa avanços em relação à anterior – como a redução da quantidade de níveis da tabela, por exemplo -, porém, permanece a intransigência da empresa quanto à vinculação do PCS aos planos de benefícios da Funcef.
De acordo com a direção do banco, o número de níveis da tabela passa – de 72 propostos originalmente pela empresa – para 48. O piso e o teto apresentados foram mantidos (R$ 1.244 e R$ 3.700, respectivamente), levando a um interstício de 2,35% e a uma amplitude de 197,4%.
Os representantes do banco mantiveram a negativa em relação à proposta dos trabalhadores de concessão de um delta a cada dois anos ou fração superior a um ano em que o empregado ficou sem receber a promoção. Em contrapartida, propuseram o pagamento de uma parcela indenizatória para todos os trabalhadores, com variação de R$ 311 (para os recém-contratados) a R$ 8 mil (funcionários mais antigos), de acordo com um cálculo que combina o salário padrão (após o enquadramento na nova tabela) com o tempo de serviço na Caixa.
Pelos cálculos apresentados, em média, trabalhadores que tenham entre 17 e 19 anos de Caixa ganhariam algo entre R$ 5,4 mil e R$ 6,6 mil. Um bancário que tenha entre 9 e 12 anos de banco receberia um valor entre R$ 2,5 mil e R$ 3 mil. Esses números, porém, são aproximações e podem variar substancialmente para cada empregado, considerando-se as particularidades de cada caso, como a referência atual.

• Pendência
Um dos itens considerados importantes no quadro das negociações sobre o PCS não teve avanço. A direção da Caixa não abre mão de impedir a migração para a nova tabela dos empregados que permaneceram no REG/Replan não-saldado.
“A nova proposta do banco representa um considerável avanço na construção de uma tabela justa para os empregados” – afirmou o diretor-presidente da APCEF/SP, Sérgio Takemoto. “Porém, a questão da vinculação da adesão ao novo PCS à migração dos empregados do REG/Replan para o Novo Plano é inaceitável” – ponderou.
Para Sérgio Takemoto, os empregados devem discutir a proposta da Caixa em seus ambientes de trabalho e, principalmente, participar das assembléias marcadas para 26 de junho. “A participação dos trabalhadores será decisiva para definir os rumos das negociações” – completou.
A retomada dos debates sobre a unificação das tabelas foi uma das conquistas dos empregados na Campanha Salarial 2007, quando foram acertadas algumas premissas, entre a representação dos empregados e da Caixa, para garantir que as discussões fossem levadas adiante. “O PCS faz parte dos itens de luta da categoria pela igualdade de direitos. Continuaremos brigando por outras conquistas, como o direito à licença-prêmio e ao anuênio para os técnicos bancários” – finalizou Takemoto.

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