“O meu pequeno entrou aqui não sabia nem fazer o nome dele. Então ele chegou em casa com uma cartinha escrito o nome dele e o meu. Me emocionei. Foi em tão pouco tempo”. A alegria é da dona de casa, Francisca Lucivânia do Nascimento, de 33 anos, ao contar sobre a alegria ao ver o filho escrevendo. Os dois meninos, de 6 e 9 anos, fazem parte do projeto “Reforçando o Saber e a Vida” e a mãe se orgulha ao contar que os pequenos já conseguem escrever sozinhos.

Idealizado pela Apcef/RJ em parceria com a ONG Moradia e Cidadania, o “Reforçando o Saber e a Vida” atua no contraturno das escolas. Além das aulas de reforço, os alunos têm uma biblioteca infantil, lanche, atividades de leitura e contação de história.

Moradora de Jacarepaguá (RJ), Lucivânia viu a dificuldade dos filhos com a escrita e com a matemática. Foi quando o projeto da Apcef/RJ surgiu na vida da família e em cinco meses, a diferença já apareceu. “As tias são super educadas. O meu mais velho não conseguia escrever “de mão dada” [cursiva] e agora ele está se desenvolvendo muito e rápido. Aqui eu entrego na mão das tias, fico despreocupada, consigo resolver outras coisas e volto para pegar eles. Para mim está sendo maravilhoso”, contou.

Parte da equipe pedagógica, Jessica Pereira Gonçalves, relembra a evolução das crianças atendidas pelo projeto. “Na escrita vimos um grande avanço. Com os alunos menores, muitos chegaram sem saber escrever o nome. Isso foi uma coisa que marcou muito. Com os maiores, o desafio é a matemática”, afirmou.

A coordenadora Estadual da ONG Moradia e Cidadania no Rio de Janeiro, Mara Luisa Alvim Motta, destacou que a dificuldade dos alunos em ler e escrever, muito por conta da pandemia, motivou a construção de uma biblioteca no espaço. Para ela, o projeto tem sido uma experiência gratificante. “Tanto pelos parceiros envolvidos, quanto em relação ao retorno das famílias e ao aprendizado que a gente vem observando nas crianças. Cada vez mais famílias têm buscado vagas no projeto. Isso é um retorno positivo para nós que estamos empenhados na formação e educação das crianças”, destacou.

É brincando que se aprende

Um dos 12 projetos de desenvolvimento sustentável da Fenae, em parceira com as Apcefs e a ONG Moradia e Cidadania, o “Reforçando o Saber e a Vida” atua em comunidades carentes nos arredores da Apcefs/RJ. Em um espaço cedido pelo Instituto Casa Plena, Organização Social Civil (OSC) na comunidade de Rio das Pedras, o projeto auxilia cerca de 20 crianças com o reforço escolar e uma proposta diferente: aprender brincando.

“É incrível ver os resultados dessa parceria e ver a transformação na vida de cada família beneficiada pela nossa parceria, apoiada pelos empregados Caixa. É nosso papel como entidade e do movimento associativo, incentivar a solidariedade, fortalecendo o nosso compromisso de promover uma sociedade mais justa”, afirmou o presidente da Fenae, Sergio Takemoto.

O presidente da Apcef/RJ, Paulo Matileti, reforça a importância do projeto para as crianças da região. “Esse reforço escolar é fundamental para as crianças. Nós nunca tivemos um projeto como esse na Apcef e deu muito certo. É interessante ver todos participando com seriedade e compromisso”, avaliou. Matileti destaca que a iniciativa foi fundamental para as famílias de baixa renda que não têm oportunidade de melhorar o ensino de seus filhos.

Para Jerry Fiusa, membro do Comitê Gestor de Projetos da parceria Fenae/ONG, “fica clara a potência das forças da APCEF e da ONG Moradia e Cidadania ao nos apresentar os frutos de um belíssimo trabalho desenvolvido, com amor e muita competência. Um projeto que nos enche de orgulho”, ressalta.

Um apoio fundamental

Com o objetivo de contribuir com o combate às desigualdades e injustiças sociais no país, a Fenae apoiou, em parceria com as Apcefs e a ONG Moradia e Cidadania, oito projetos de horta comunitária e 4 projetos para reforço escolar e educação complementar voltados para crianças e jovens.

Os projetos acontecem no Amazonas, Bahia, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo.      

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