A cantora Ellen Oléria foi a convidada da live #ProntoFalei na noite desta quinta-feira (30) para falar sobre o combate ao racismo. A cantora e compositora brasiliense compartilhou, entre outras visões, os cinco estágios do movimento discriminatório: ignorância, negação, consciência, culpa e responsabilidade, e convidou os empregados Caixa a incluir a luta antirracista ao cotidiano.

:: Assista à live completa aqui.

O bate-papo on-line com Ellen foi a segunda edição do novo projeto da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), que aborda semanalmente, às quintas-feiras, temas relacionados a políticas sociais e representatividade.  

O debate teve três partes, mediadas pela diretora de Políticas Sociais da Fenae, Rachel Weber. A transmissão foi feita pelo perfil da entidade no Instagram. A segunda etapa da live contou com a participação do presidente da Apcef/MG e integrante do Conselho Fiscal da Fenae, Paulo Roberto Damasceno. Na terceira e última parte, houve a participação do diretor de Formação da Fenae, Jair Pedro Ferreira, que representou o presidente da entidade, Sérgio Takemoto. 

Ellen ressaltou que o debate sobre o racismo no Brasil caminha a passos muito curtos, mas segue avançando. “Foi preciso um vírus [novo coronavírus] para que pessoas brancas e da classe média se envolvessem no combate ao racismo”, comentou, em alusão ao movimento #VidasNegrasImportam (#BlackLivesMatter). 

A cantora brasiliense também cantou duas canções: A Carne, composta por Seu Jorge, Ulisses Capelleti e Marcelo Fontes, que ficou famosa na voz de Elza Soares e várias outras intérpretes, entre elas de Larissa Luz, versão que foi reproduzida por Ellen com adaptações que expressam o valor da negritude. A outra canção foi Zumbi, composta por Jorge Benjor.  

A diretora de Políticas Sociais ponderou a importância de disseminar atitudes antirracistas que envolvam toda a sociedade. “Estamos abrindo esse espaço porque precisamos falar sobre racismo. Mais do que não ser racista, precisamos ser antirracistas”, convidou Rachel Weber. 

Paulo Damasceno destacou as iniciativas sociais da Fenae, que contemplam a população mais vulnerável e excluída. Como exemplo, ele  citou a atuação do programa Movimento Solidário em Belágua (MA). “Os empregados da Caixa, banco público, têm feito esforços. Outras empresas e entidades também precisam adotar medidas semelhantes”, comentou. 

O ex-presidente da Fenae, Jair Pereira, destacou a importância da iniciativa da Fenae em tratar de temas como o combate ao racismo. “É um debate importante para a categoria de bancários e para toda a sociedade brasileira”, ressaltou. 

Combate ao racismo – A escolha do tema combate ao racismo para a segunda edição da live #ProntoFalei reverbera as celebrações do Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e da Diáspora, 25 de julho. O ponto de partida para o debate foi o racismo estrutural, sistema no qual políticas públicas, práticas institucionais, representações e outras normas reforçam a desigualdade de grupos raciais. 

#ProntoFalei 一 A série de bate-papos on-line é um novo projeto da Fenae, que, por meio da diretoria de Política Sociais, criada em maio deste ano pela nova gestão da entidade, busca tratar de temas relacionados à representatividade das minorias. A estreia ocorreu no último dia 23 de julho e contou com a participação da drag queen Rita Von Hunty, que falou sobre a luta LGBTQIA+. 

Ellen Oléria 一 Nascida e criada em Brasília, é formada em Artes Cênicas pela Universidade de Brasília. Com mais de 16 anos na estrada na música, a cantora e compositora acumula prêmios em festivais, cinco discos lançados e turnês realizadas pelo Brasil e mundo afora. Conhecida pelo público por seu timbre cintilante é reconhecida pelo entusiasmo e sorriso que nunca sai do rosto e ilumina cada canção que canta. Ellen também é ativista política e apresenta o programa Estação Plural, exibido semanalmente pela TV Brasil.

 

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