O atendimento nas agências dos Correios é direcionado à população mais vulnerável que não tem acesso a internet

“Infelizmente são medidas que chegam muito tarde e reafirmam as críticas que fazemos sobre a falta de planejamento e organização desse governo”. A afirmação é do presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sérgio Takemoto, ao falar sobre o cadastramento do auxílio emergencial nas agências dos Correios. Após mais de um mês do anúncio da parceria entre o Ministério da Cidadania e a empresa pública, a pasta confirmou o início do serviço.

A expectativa do governo é atender 27 milhões de pessoas que ainda não fizeram o cadastro para receber o benefício. O atendimento é voltado para a população mais vulnerável e que não tem acesso aos meios digitais. O benefício é essencial para socorrer as pessoas que estão sofrendo com a crise. O valor também contribui para movimentar a economia das cidades e das empresas neste período de pandemia garantindo o poder de compra a população.

O presidente da Fenae ressaltou que a ajuda é bem-vinda uma vez que o foco da ação está na parcela da população que sofre com a falta de acesso à internet e que não foi atendida pelo governo incialmente. Mas a descentralização do pagamento, principal demanda da Federação e das entidades, ainda não aconteceu. “O que a gente precisa é de mais agentes financeiros para auxiliar no pagamento”, disse. Ainda de acordo com Takemoto, com o trabalho dos empregados, a Caixa conseguiu superar parte do desafio do pagamento do auxílio emergencial. “Agora a Caixa já está mais estruturada e está mais preparada para as demandas do auxílio emergencial”, reforçou Takemoto.

Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Tecnologia da Informação e Comunicação (Pnad Contínua TIC) 2018, divulgada em abril pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), um em cada quatro brasileiros não têm acesso à internet. O número representa 46 milhões de pessoas sem a rede.

Assim como Takemoto, a representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa, Rita Serrano, avalia que a decisão do governo foi tomada tardiamente. “Na realidade o que eles estão fazendo muito tardiamente é criando uma alternativa para as pessoas que não têm acesso à rede poderem se cadastrar. Estamos falando da população mais vulnerável. Depois de muita crítica e questionamento eles criaram um canal e supre uma falha, um descaso, da origem do auxílio emergencial”, destacou Rita.

Como fazer o cadastramento nos Correios

O cadastramento do auxílio emergencial é feito gratuitamente pelas agências dos Correios.

Para pedir o cadastramento é preciso apresentar documentos de identificação oficial com foto, em que conste também o nome da mãe do beneficiário; Cadastro de Pessoa Física (CPF) do usuário e dos membros da família que dependem da renda do titular; dados bancários ou documento de identificação (RG, CNH, passaporte, CTPS, RNE ou CIE) para solicitar abertura de Conta Social Digital, em nome do titular.

Fique atento! Foi estabelecido um calendário para a solicitação do cadastro, conforme o mês de nascimento do titular. O objetivo, segundo o Ministério da Cidadania é evitar aglomerações.

Segunda-feira: nascidos em janeiro e fevereiro;
Terça-feira: nascidos em março e abril;
Quarta-feira: nascidos em maio e junho;
Quinta-feira: nascidos em julho, agosto e setembro;
Sexta-feira: nascidos em outubro, novembro e dezembro.

Para acompanhar o pedido basta acessar o site de consulta da Dataprev. Clique aqui para acessar.

Também é possível ir em qualquer agência dos Correios após o prazo previsto de dez dias para a conclusão da análise. É importante levar o comprovante do atendimento de cadastro e o CPF.

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