Presente em todo o país e atendendo aproximadamente 300 mil vidas, o Saúde Caixa faz gestão de cerca de R$1,3 bilhão anualmente. O que faz com que o programa seja um grande atrativo para o mercado, não faltam organizações desejando administrar tais números.

Os interessados no Saúde Caixa acompanham atentamente as movimentações da direção do banco quanto ao programa, da mesma forma que governo federal e direção da Caixa veem nesse interesse um caminho para transferir custos aos empregados e seguir rumo à mercantilização.

Não é coincidência a recente alteração no estatuto que estabelece teto de 6,5% da folha de pagamento anual dos empregados da ativa e aposentados como limite de recursos da Caixa para o plano de saúde. E as novas resoluções (22 e 23) da CGPAR (Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União), que também alteram o modelo de custeio dos programas de assistência a saúde das estatais.

Enquanto isso, a Agência Nacional de Saúde (ANS) anunciou em junho deste ano a Resolução Normativa (RN) 433, que estabeleceu o limite de 40% para cobranças de participação e franquia por procedimentos médicos, percentual que poderia chegar a 60% em planos empresariais. A decisão foi revogada após críticas e protestos de entidades de defesa ao consumidor e será revista pelo Supremo Tribunal Federal. O que demonstra como o cerco está se fechando não só para os empregados da Caixa, mas para todos, que serão tratados apenas como consumidores.

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