A Apcef/SP enviou ofício nesta quarta-feira (3/2) ao Superintendente da Sured requerendo a suspensão da convocação de beneficiários do INSS a comparecer presencialmente às unidades do banco para realizar a prova de vida. Há denúncias, inclusive, de que as chefias das unidades devem estabelecer metas de agendamento por local.

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“Há suspeita de que a medida não tem como objetivo realizar a prova de vida, e sim ampliar o chamado “cross selling” com a oferta de contratação de crédito consignado, prestamista, conta-corrente, limite, previdência e venda de cartões”, disse o diretor-presidente da Apcef/SP, Leonardo Quadros.

Além disso, o horário “sugerido” pela Sured para as agências atenderem a este público seria das 14 às 17 horas, o que impõe aos empregados uma jornada de trabalho extenuante, já que sua rotina começa às 7 horas, com reuniões diárias previstas a partir das 7h45, o que resulta em jornadas maiores que 10 horas diárias.

O documento enviado ressalta ainda que a convocação dos beneficiários do INSS para pretensa realização de prova de vida, com o objetivo de alavancar negócios, expõe, de forma absolutamente desnecessária, a população de aposentados à contaminação pela Covid-19. “A maioria faz parte do grupo de risco, seja pela idade ou por comorbidades. A medida é absurda”, ressaltou Leonardo Quadros.

Por fim, o ofício lembra que “tal conduta pode atentar contra a saúde pública, conforme previsto nos artigos 132, 267 e 268 do Código Penal”.

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