A prorrogação do trabalho remoto determinado pela Caixa termina no dia 15 de junho. É preciso que a Caixa anuncie, o mais rápido possível, a continuidade do projeto para proteção da saúde dos trabalhadores. Fazer todos os empregados voltarem ao trabalho presencial contraria as recomendações dos órgãos de saúde e coloca a saúde de todos em risco, já que os números de pessoas contaminadas pela Covid-19 continuam em alta.

A saída dos empregados para trabalhar em home office foi discutida anteriormente com as entidades representativas dos empregados e adotada pela empresa como forma de proteção. A Caixa havia se comprometido em mesa de negociação a não realizar o retorno sem prévia discussão com as entidades. Outras instituições financeiras, como o Itaú, já anunciaram a prorrogação do home office de seus empregados até 1º de setembro.

Com a volta da cobrança de metas e a convocação para retorno ao trabalho presencial de gestores de algumas áreas-meio, a Caixa reforça movimentos que vão no sentido contrário ao das recomendações de prevenção à Covid-19.

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Pesquisa – A APCEF/SP recebeu denúncia de que a Caixa está fazendo uma consulta aos empregados sobre o teletrabalho. Entre as perguntas há um questionamento sobre os benefícios que o empregado vai trazer para a Caixa ao aderir ao trabalho remoto.

Em vez de se preocupar com a saúde de seus empregados e o possível aumento de pessoas contaminadas com o fim do teletrabalho, a direção do banco público busca inverter as responsabilidades. Realizar uma pesquisa como esta dá a entender que a empresa julga que os empregados que estão em home office não estão, de fato, trabalhando. Sem precisar tabular as respostas, fica subentendido o resultado da pesquisa: a direção da empresa desconfia dos seus empregados.

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