A pandemia de Covid-19 e o esforço internacional para lutar contra o vírus mostrou a importância das vacinas no controle de doenças. Neste 9 de junho, quando se comemora o Dia Mundial da Imunização, é importante reforçar a necessidade de que a cobertura vacinal alcance o maior número de pessoas, para a segurança de todos.

Por estarem na linha de frente do atendimento à população em um dos poucos setores onde não houve paralisação dos serviços, os bancários lutam pela inclusão da categoria no Plano Nacional de Imunizações (PNI). Pela pressão dos bancários e entidades, o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) conseguiram agendar reunião com o governo federal para discutir a entrada da categoria no Plano Nacional de Imunizações.

A reunião está marcada para 15 de junho, com a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho e a presença da Fenaban e da Febraban, além do Comando Nacional dos Bancários. “Espero que haja bom senso e respeito com quem está atuando na linha de frente, e com toda a população brasileira, que espera ansiosa a vacinação em massa” afirmou Rita Serrano, que, como representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa, já havia levado esta demanda para a última reunião do Conselho.

Prioridades para a vacinação – O Programa Nacional de Imunização (PNI) foi criado em 1973, regulamentado no ano de 1975 pela Lei nº 6.259, de 30/10/1975, e pelo Decreto nº 78.231, de 30/12/1976, representando um instrumento destinado à proteção da população brasileira contra doenças que podem ser evitadas com o uso de imunobiológicos, incluindo as vacinas.

Durante a pandemia, por conta da sua gravidade, mortalidade e transmissibilidade, foi criada uma lista de prioridades do PNI. A inclusão nesta lista é a principal reivindicação atual dos bancários. “Nossa categoria trabalha em locais fechados, por questões de segurança. Pode se contaminar e disseminar o vírus em casa e para os clientes. Durante toda a pandemia, nós atendemos milhões de pessoas, com pagamento de aposentadoria, auxílio emergencial e negociando créditos. Estamos entre os setores profissionais com maior aumento de mortes no período da pandemia. O Ministério da Saúde tem que nos colocar como setor essencial no Plano Nacional de Imunização”, declarou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

A imunização já reflete uma queda significativa do número de mortes da população idosa, que representava 79% dos óbitos em novembro de 2020 e passou para 57,6% no mês de maio. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Butantan, no município de Serrana (SP), com a vacina Coronavac, indicou que o número de casos sintomáticos da Covid-19 caiu 80%; as internações, 86%; e as mortes, 95% após a segunda dose da vacina.

“Serviços bancários são essenciais durante a pandemia, conforme decreto do próprio governo, mas não são considerados essenciais para a vacinação. É preciso corrigir esta distorção o mais rápido possível e evitar que mais pessoas percam a vida por conta desta doença”, ressaltou o diretor-presidente da Apcef/SP, Leonardo Quadros.

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