O Fórum Social Mundial de 2021 começou sábado (23) e prossegue até 31 de janeiro, numa versão totalmente online devido à pandemia. É a 20ª edição do evento, cujo tradicional slogan ganha neste ano a referência contemporânea: “Um Outro Mundo é Possível Pós-Covid-19″.

Entre as temáticas do encontro estão “Paz e guerra: desarmamento universal para transformação social e ecológica”; “Justiça econômica: democratizando a economia para alcançar a justiça econômica”; “Feminismo, sociedade e diversidade”; “Poder e democracia: desespero e esperança”; e “Justiça social: princípio e objetivo da transformação social”.

A representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa, Rita Serrano, participa de uma das mesas de debate do Fórum, assim como outros diretores da Fenae e representantes do movimento sindical bancário brasileiro. Rita vai falar sobre a Caixa, sua importância, ataques que a instituição vem sofrendo e sua atuação nesta pandemia, entre outros itens, dentro dos debates que abordam os bancos públicos. Ela estará no debate do dia 28 às 17h (confira programação abaixo).

A defesa da Caixa e do Banco do Brasil frente às investidas de privatização do governo Bolsonaro, o teletrabalho e informações sobre o canal de denúncias para as bancárias vítimas de violência também serão abordados pelos representantes da Fenae, Contraf/CUT e o Sindicato dos Bancários de São Paulo (Seeb/SP) durante o FSM.

Para a conselheira, que também é coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, o Fórum cumpre o importante papel de globalizar demandas sociais a partir da visão de uma sociedade mais justa. “Teremos um painel para discutir a situação dos bancos, em especial dos públicos, para o desenvolvimento do Brasil e possibilitar a melhoria na qualidade de vida da população brasileira e mundial”, informa.

Especificamente sobre a Caixa, adianta que será destacado o “papel extraordinário que desempenhou ao atender milhões de brasileiros e foi fundamental para garantir direitos a esta população, mas que, infelizmente, neste governo, está sob risco por conta dos interesses de privatização e desmantelamento das empresas públicas”.

Ela lembra, ainda, que o FSM já foi palco de inúmeros debates e estabeleceu série de ações concretas em defesa do meio ambiente, de condições de vida digna e contra o processo de desmantelamento no Estado que acontece no Brasil e no mundo.

Já o presidente da Fenae, Sergio Takemoto, avalia que o FSM é “uma força da democracia contra o avanço da extrema direita no mundo”. Neste momento de pandemia, de aumento das desigualdades e da retirada de direitos, aponta, o encontro é essencial para debater assuntos relevantes para a sociedade e a categoria bancária.

Confira abaixo as mesas específicas sobre essas temáticas e veja programação na íntegra em https://wsf2021.net/programa-evento/.

28/1 (quinta-feira), a partir das 15h – Debate “O teletrabalho e a aceleração das transformações tecnológicas nos bancos no Brasil”, realizado pela Contraf/CUT, Seeb/SP e Dieese. As entidades vão apresentar pesquisa nacional com 8.560 bancários e bancárias de todos os estados da Federação que estão trabalhando ou já trabalharam em regime de home office. O objetivo da pesquisa foi conhecer as condições de trabalho da categoria no teletrabalho.

28/01 (quinta-feira), a partir das 17h – Oficina “Defesa da Caixa e do Banco do Brasil frente aos ataques neoliberais do governo Bolsonaro”, realizada pela Fenae, em parceria com a Contraf/CUT e o Seeb/SP. A oficina vai explicar os ataques do governo Bolsonaro, as tentativas de privatização sofridas pelos bancos públicos mesmo num momento em que Caixa e Banco do Brasil se mostraram imprescindíveis para ajudar a sociedade a enfrentar a crise da pandemia.

29/1 (sexta-feira), a partir das 15h – Oficina ‘Basta! Não irão nos calar!”. O Seeb/SP fará uma apresentação sobre o canal de denúncias para as bancárias vítimas de violência, conforme acordo assinado em março deste ano e incorporado às cláusulas 48 a 54 da Convenção Coletiva de Trabalho 2020-2022, importantes conquistas para as mulheres bancárias se sentirem seguras e protegidas.

29/1 (sexta-feira), a partir das 17h – Oficina “O papel dos bancos públicos na retomada econômica e social pós-pandemia”, também organizada pela Fenae, Contraf/CUT, Seeb/SP e UNI Américas Finanças. A oficina vai debater a importância dos bancos públicos para sair da crise e do Estado e de um modelo político, econômico, social e cultural que intervenha para equilibrar as desigualdades.

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