Após a divulgação dos resultados do ciclo 2021 da GDP, os problemas que já eram apontados pelos representantes dos empregados, especialmente os relacionados à chamada “curva forçada” tornaram-se mais claros e seus efeitos negativos ficaram visíveis. Nossa conselheira eleita Rita Serrano e os empregados criticaram o processo, e as entidades reforçaram a cobrança para a revisão da GDP e pela não aplicação das consequências negativas relacionadas à avaliação, além da reavaliação da Promoção por Mérito e inclusive do Bônus Caixa.

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Depois das críticas dos empregados, da conselheira eleita pelos trabalhadores no Conselho de Administração, Rita Serrano, e cobranças das entidades, a Caixa divulgou a alteração do modelo de avaliação do ciclo de 2021 da GDP. Nas alterações, foi estabelecida a retirada da “curva forçada” para limitar os colegas com “Desempenho Superior” (eram até 25%) e incluir obrigatoriamente um percentual mínimo de colegas no desempenho “Não Atende” (eram ao menos 5%). Divulgou-se também que 25% dos colegas seriam classificados no “Desempenho Excelente” (eram até 5%).

Após as mudanças, houve a reclassificação do resultado consolidado de todos os empregados. Apesar de ser virtualmente impossível que os colegas fossem reclassificados para um quadrante considerado inferior, este fato foi informado por algumas pessoas. “Temos muitas críticas e contrariedades à GDP, mas as regras do ciclo 2021 foram especialmente injustas. A alteração da curva forçada corrige parte destas injustiças, mas ainda podem haver inconsistências. Os colegas que tiveram redução de quadrante com a reclassificação podem questionar a Gedec e, persistindo a situação, procurar as entidades”, alertou o diretor-presidente da Apcef/SP, Leonardo Quadros.

Bônus Caixa e promoção por merecimento – Outra incerteza com a revisão do resultado consolidado da GDP está relacionada ao promoção por merecimento e ao Bônus Caixa, criado e implementado pela empresa. No caso do Bônus, houve o pagamento em 2 de maio de um valor a título de adiantamento, considerando o resultado anterior à revisão. Quanto à promoção por mérito, a distribuição do segundo delta foi realizada considerando os maiores resultados consolidados, limitando a distribuição ao limites orçamentários, após a distribuição de um delta a todos os empregados que não tivessem impedimento, incluindo os colegas que participaram da greve de 27 de abril de 2021.

Ao ser questionada sobre acertos no pagamento do Bônus Caixa, a direção da empresa respondeu que as alterações no resultado consolidado ocorridas posteriormente ao efetivo pagamento do Bônus não sensibilizarão seu valor. “Os critérios para o pagamento do Bônus são definidos exclusivamente pelo Conselho Diretor da Caixa, não são debatidos com os empregados e é, entre outras coisas, uma forma de desvalorizar a PLR, que é paga a todos os empregados. Se a empresa terá uma política de pagamento de Bônus, ela deveria ser debatida e não poderia ser restrita. Porém, mesmo não sendo discutida com as representações, vamos cobrar para evitar novas injustiças”, disse Leonardo Quadros. “Até mesmo em algo que deveria gerar satisfação entre os empregados, como no pagamento de um bônus, a direção consegue gerar insatisfação entre as pessoas, por não ouvir as críticas e insistir nos erros”, concluiu.

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