O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, participou nesta terça-feira, dia 1º, de audiência pública na Comissão do Trabalho, Administração e Serviços Públicos (CTASP) da Câmara dos Deputados.

Ele admitiu, pela primeira vez, que há discussão sobre abertura de capital do banco público.

O presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira ressaltou, durante a audiência em Brasília, que o anúncio de venda de carteiras rentáveis, do setor de seguros e loterias, a redução de pessoal de 105 mil em 2015 para 82 mil atuais enfraquece a empresa e compromete o papel social que a Caixa desempenha desde 1861.

A deputada Erika Kokay (PT/DF), que solicitou a audiência, lembrou que se por um lado o presidente da Caixa diz que não há intenção de privatização, por outro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirma que a intenção é privatizar tudo.

Apenas mais 800 empregados – Durante a audiência, o presidente da Caixa anunciou a contratação de 800 empregados, que se somarão aos cerca de 2 mil PCD (pessoas com deficiência) contratados recentemente.

Confrontado pela deputada Erika com os números da pesquisa feita pela Fenae, em que 60% dos empregados se dizem sobrecarregados de trabalho, em situação de assédio moral, temendo a reestruturação e mudanças bruscas na vida funcional e na qual afirmam que sofrem com planos de metas não debatidos com os empregados, Pedro Guimarães afirmou que não tem conhecimento de assédio moral dentro da empresa.

FGTS fora da Caixa? – O presidente da Caixa disse também que não há orientação governamental para que a Caixa deixe de ser a gestora do FGTS, mas não explicou por que o governo decidiu retirar a Caixa do Conselho Curador do Fundo, decisão anunciada em março deste ano.

Minha Casa Minha Vida – Apesar de estar percorrendo o país inaugurando obras do Minha Casa Minha Vida contratadas em governos anteriores, Pedro Guimarães disse que não pode se posicionar sobre a redução de investimento no programa – de R$ 4,6 bilhões em 2019 para R$ 2,7 bilhões previstos para 2020 -, porque “são decisões orçamentárias do governo”.

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