As alterações no estatuto da Caixa, entre elas a possível transformação do banco em uma Sociedade Anônima, devem ser votadas na reunião do Conselho de Administração (CA) do banco que acontece nesta quinta (7), em Brasília.

A representante dos empregados no CA, Rita Serrano, que já declarou voto contrário para a S/A, encaminhou no início desta semana mais documento para expor as objeções à proposta e oferecer sugestões de melhoria na governança sem que seja necessária a mudança estatutária.

Desde outubro, esse é o segundo documento apresentado por ela sobre o estatuto. O primeiro, com questionamentos jurídicos, resultou no adiamento da votação. A direção do banco, por intermédio de seu presidente, Gilberto Occhi, também declarou voto contrário, mas o resultado da votação depende dos cinco integrantes do Conselho que representam o governo.

“Esse novo documento é um último esforço para tentar impedir uma Caixa S/A, uma transformação que conseguimos excluir do Projeto de Lei (PLS) 555 no ano passado e que agora o governo retoma com a justificativa de melhorar a governança, mas que é ilegal”, afirma Rita, explicando que tornar a Caixa Sociedade Anônima contraria o próprio Estatuto das Estatais e depende de lei específica no Congresso Nacional.

Mobilização – A defesa da Caixa como banco público está acontecendo nos locais de trabalho e em audiências públicas em casas legislativas e sindicatos de bancários. Nesta quinta, 7, essa mobilização mais uma vez mostra que tem força, com atividades promovidas nacionalmente. “É fundamental que todos participem. Acredito que é possível reverter essa proposta e garantir o papel social da Caixa, assim como o respeito aos direitos de seus empregados”, afirma Rita Serrano.

A conselheira lembra que o apoio dos parlamentares comprometidos com a Caixa pública é fundamental, mas em um governo golpista como o atual tudo é possível. “Não vamos esmorecer. Precisamos fortalecer as atividades e demonstrar que queremos o banco como é; ou seja, fundamental para o desenvolvimento do Brasil. Então, todos à luta!”, enfatiza.

Leia Carta Aberta à sociedade.

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