Um dos períodos mais sombrios da história do Brasil completa 60 anos entre o dia 31 de março e 1º de abril de 2024: o golpe militar de 1964.

A deposição do presidente João Goulart pelos militares e seus aliados trouxe consequências que mudaram drasticamente a história do país e ainda ecoa nos dias atuais.

Historiadores e sociólogos explicam que o golpe foi uma reação à crescente organização da sociedade civil. A elite brasileira temia o que alguns chamavam de “república sindicalista” e uma suposta ameaça comunista. 

A união entre a burguesia, militares e suporte de países como os EUA derrubou um governo democrático para instaurar uma ditadura que durou oficialmente até 1985. Direitos foram retirados, a liberdade cerceada, milhares de cidadãos foram perseguidos, torturados e mortos. O patrimônio e as riquezas nacionais foram explorados da forma mais indiscriminada e desonesta. Não à toa, a desigualdade social se intensificou e se perpetua até hoje no país.

Apesar das enormes cicatrizes que este período deixou, uma parte significativa da elite e de algumas camadas da sociedade brasileira é saudosa da ditadura. 

Esses grupos, assustados com a organização popular, tentaram novamente um golpe de estado no dia 8 de janeiro de 2023. Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram o Congresso Nacional em Brasília, destruíram o que encontraram e ameaçaram tomar o poder. Felizmente, sem sucesso.

Tais movimentos são um doloroso, mas importante lembrete da importância da democracia e da união dos trabalhadores. Os empregados da Caixa fizeram parte da luta por direitos e da resistência à ditadura. Muitos colegas se arriscaram pela democracia e pelos direitos que hoje todos usufruem. 

No entanto, a luta não acabou. Ainda há um longo caminho pela frente e o 8 de janeiro nos mostrou que o fantasma de 1964 continua a assombrar o país.

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