No início da pandemia, as entidades representativas reivindicaram a suspensão dos descomissionamentos e Processos Seletivos Internos (PSIs). A Caixa atendeu à reivindicação no início de abril, anunciando também a suspensão das transferências. Nesta segunda-feira (15/6), a diretoria da empresa anunciou a retomada dos PSIs e afirmou ainda que novas seleções podem ser abertas, mesmo em meio à pandemia de coronavírus.

O anúncio vem ao mesmo tempo em que foi retomada a cobrança de metas. A conclusão é evidente: com a volta das metas e dos PSIs, a pressão de venda de produtos sobre os empregados aumenta muitas vezes. O retorno dos PSIs e transferências, neste momento, só servirá para o aumento do assédio moral na empresa.

A Caixa desconsidera a situação atípica pela qual passamos e age como se a pandemia estivesse controlada e o número de casos e mortes diminuísse a cada dia. Mas a realidade está bem distante disso, com o Brasil batendo recordes de contaminação diariamente e os empregados da Caixa cada vez mais vulneráveis e expostos.

No informativo, a Caixa explica que as seleções “podem” contar com o uso de ferramentas de comunicação à distância. Podem, mas não é regra. Ou seja, empregados do grupo de risco que estão afastados ou um regime de home office podem ser prejudicados.

Protocolo – A Caixa havia assumido diversos compromissos em acordo firmado com a Contraf-CUT, Ministério Publico Federal (MPF) e Ministério Público do Trabalho (MPT).

As atitudes da direção, porém, vão no sentido contrário aos compromissos assumidos. Orientamos os empregados a denunciarem os abusos cometidos e, sempre que possível, juntarem as respectivas provas, como fotos, prints de tela e relatos. As denúncias podem ser anônimas e o sigilo é garantido.

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