Respeito. É o mínimo que toda relação entre pessoas necessita para uma boa convivência e para o desenvolvimento de projetos em comum, sejam eles na área pessoal ou profissional.
No relacionamento da direção da Caixa com seus empregados, porém, essa palavra não existe. O que impera é exatamente o oposto nas relações trabalhistas: o desrespeito.
São muitos os problemas enfrentados pelos trabalhadores no dia a dia na empresa. Da falta de infraestrutura mínima até os mandos e desmandos de uma diretoria “despreocupada” em proporcionar condições decentes relacionadas à carreira, à saúde, à jornada de trabalho: tudo afeta o empregado de modo negativo.
Como trabalhar em um ambiente no qual, no auge do verão, os aparelhos de ar-condicionado não funcionam adequadamente, várias RETPVs não possuem sequer janela para ventilação e luminosidade adequadas e uma grande quantidade dos contratos com empresas de manutenção estão vencidos e não foram renovados?
Como trabalhar em um ambiente no qual infiltrações e quedas de forro do teto são “comuns” em decorrência das chuvas próprias da estação, colocando em risco a saúde e a integridade física de empregados e clientes?
Como trabalhar em um ambiente no qual não existe isonomia entre antigos e novos empregados? Milhares de trabalhadores não têm direito ao anuênio, à licença-prêmio e ao tíquete na aposentadoria…
Como trabalhar em um ambiente que está sob o domínio de uma gestão relapsa, que não se importa com o bem-estar físico e psicológico de seus empregados?
Os trabalhadores da Caixa convivem, todos os dias, com a incerteza de seu futuro profissional e sentem-se incapazes de organizar sua vida pessoal face às constantes alterações impostas pela diretoria do banco.
Em um dia, você tem função; no outro, pode ser que não. Em um dia, você tem de cumprir uma jornada de trabalho de seis horas; no outro, esta pode ser fracionada e sua jornada, estendida para sete horas. Dias depois, a direção da Caixa pode, simplesmente, mudar de ideia e alterar todas as decisões impostas, sempre unilateralmente.
Para a Caixa, um Plano de Cargos Comissionados resume-se, unicamente, à diminuição dos salários – em média, 25% de redução -, sem importar-se com as consequências que tal decisão acarreta para cada empregado, afetando a sua vida pessoal, o seu emocional e a sua disposição para trabalhar.
Planejamento. Definitivamente, esta palavra não faz parte do vocabulário da atual gestão da Caixa.
Um exemplo claro da falta de planejamento é a abertura do Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA). Embora a proposta atenda às expectativas da maioria dos empregados, principalmente daqueles que já estão aposentados pelo INSS, a direção da Caixa não se preocupou em, primeiramente, contratar novos trabalhadores, treiná-los e torná-los aptos a assumir suas funções no banco.
Simplesmente lançou o PAA, que trará, como consequências imediatas, a perda de mão de obra altamente qualificada e um déficit ainda maior de trabalhadores nas unidades. Para se ter uma ideia, estima-se que cerca de 10 mil empregados estejam aptos à adesão, muitos deles cansados da empresa que se diz uma das melhores para se trabalhar…
As entidades representativas dos empregados, entre elas a APCEF/SP, lutam intensamente para que a administração da Caixa seja pautada pela responsabilidade, pela transparência, pelo respeito e pelo diálogo.
Dizemos NÃO à diminuição da jornada com redução de salários!
Dizemos NÃO às armadilhas do Plano de Apoio à Aposentadoria!
Dizemos NÃO ao fracionamento da jornada!
Dizemos NÃO às péssimas condições de trabalho, de saúde e de infraestrutura oferecidas pela Caixa!
Pela isonomia, pela contratação de empregados, por um Plano de Cargos Comissionados digno, por uma Caixa decente!
Com muita união, mobilização e determinação, continuaremos lutando por nossos direitos!

Compartilhe: