Em 6 de março, a APCEF/SP promoveu, em conjunto com entidades sindicais, encontro de supervisores e tesoureiros de retaguarda, na capital, conforme definido na última reunião ocorrida no início de janeiro.
No evento, que contou com a presença de 42 participantes, foram abordados itens como as péssimas condições de trabalho do pessoal das retaguardas, extrapolação constante da jornada, falta de empregados, entre outros.
O diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília e membro da Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa), Jair Pedro Ferreira, falou sobre o momento de reestruturação pelo qual estão passando as áreas de retaguarda do banco: a vice-presidência de Logística será responsável pela área antes sob supervisão da Controladoria da Caixa.
Jair destacou, também, as péssimas condições de trabalho a que estão submetidos os empregados da retaguarda e a necessidade de revisão dos modelos das agências, considerado inadequado ao perfil da Caixa. “Muitos trabalham em verdadeiros muquifos, sem ventilação e espaço apropriados” – comentou o diretor do Sindicato.
O representante do Sindicato falou sobre a importância do estabelecimento de uma discussão coletiva em torno de todos os trabalhadores, acabando com a segregação dentro da empresa.
“Todos são importantes, independente da tarefa que cada um desempenha na unidade. A Caixa tem de implementar mudanças na empresa como um todo” – comentou Jair.

Grupos de trabalho

Do encontro, tirou-se que todas as demandas da área de retaguarda e dos demais empregados da Caixa devem ser direcionadas para os grupos de trabalho (GTs). Entre elas estão:
– segurança: falta sensibilidade da Caixa quanto a este item. Os empregados da retaguarda, não bastasse serem um alvo “fácil” dos assaltantes, são tidos como os primeiros suspeitos pela empresa nos casos de roubos às unidades;
– valorização da área: desde que foi criada a área de retaguarda na Caixa, tem-se comprovado a sua eficiência em termos de trabalho. As pendências contábeis, por exemplo, passaram de 5 milhões para 5 mil. Esses números têm de ser considerados;
– contratação de pessoal: além do excesso de trabalho nas unidades, faltam funcionários para cobertura de férias, licenças… em todas as Rerets, sem contar problema semelhante vivenciado nas demais áreas do banco. É preciso contratar empregados.
Durante o evento, empregados denunciaram a extrapolação da jornada de trabalho, sem o registro correto das horas extras; a continuidade do abastecimento frontal na maioria dos cashs, facilitando a ação de assaltantes; a perseguição sofrida por empregados de algumas Rerets que participaram do último encontro realizado pela APCEF/SP, em 10 de janeiro.

Posição da Caixa

De acordo com o gerente da Giret/SP, Athaíde Yassuto Komatsu , que participou do encontro, no momento a empresa não tem como dispor de empregados para cobertura de férias e licenças, conforme exposto pelos tesoureiros de retaguarda e supervisores. Faltam empregados para exercer tais tarefas.
Quanto à jornada de trabalho, Athaíde informou que a orientação da Giret/SP é para que esta seja marcada corretamente.
O gerente disse, também, que a Giret/SP vem buscando estabelecer diálogo com os Escritórios de Negócios visando a firmar parcerias de trabalho, evitando, assim, o que se chama de “retrabalho” nas unidades.
Em resposta às denúncias de possíveis perseguições a empregados que participaram do último encontro realizado pela APCEF/SP, em 10 de janeiro, Athaíde informou desconhecer tal situação e comprometeu-se a apurar os fatos.

Reivindicações e contribuições

As principais reivindicações reafirmadas no encontro são:
• supervisores: enquadramento como gerentes;
• tesoureiros: jornada de seis horas e garantia de, no mínimo, dois empregados por Retpv.
• proposta de reenquadramento provisório do pessoal de retaguarda: foi encaminhada para a Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa), que deve levar a discussão para a próxima reunião com a direção da Caixa.
Os participantes do encontro aprovaram o encaminhamento de um manifesto – que deve ser subscrito pelos empregados – para a diretoria do banco, pedindo maior agilidade no funcionamento dos GTs.
O próximo encontro está previsto para 15 de maio e será aberto a todos os empregados da Caixa.

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