Na mesa permanente realizada ontem (3/12), a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) – que representa os trabalhadores da Caixa nas negociações -, questionou os representantes da Caixa sobre os processos de reestruturação em curso, especialmente na Vilop, Vitec e Vired. As informações sobre as mudanças têm chegado aos empregados de maneira verbal, e pouco têm sido formalizadas, mas o clima de ansiedade com o que é repassado às áreas tem deixado os empregados apreensivos e preocupados.

Em suas falas, os representantes da Caixa admitiram que há mudanças em andamento, e relataram que eles próprios também teriam poucas informações à respeito. Evitaram, porém, chamar as mudanças em curso de reestruturação, argumentando que se trataria da continuidade do processo iniciado anteriormente.

“Se a própria direção chamou o processo de mudanças ocorrido anteriormente de reestruturação, e afirma que as atuais mudanças seriam a continuidade daquele processo, é evidente que agora há uma reestruturação em curso, mesmo que a direção queira lhe dar outro nome”, apontou o diretor-presidente da Apcef/SP, Leonardo Quadros.

Vitec – A CEE questionou sobre a extinção das Gitecs e a criação das centralizadoras. O representante da Vitec confirmou, e respondeu que, em São Paulo, está prevista a criação de uma centralizadora, sediada na capital, para a qual os empregados teriam a opção de migrar. Aqueles que estão atualmente lotados na Gitec de Bauru poderiam ter a lotação administrativa na centralizadora e permanecer atuando fisicamente na mesma cidade. O representante da Caixa não detalhou como isto ocorreria e nem quais seriam os prazos, e também não detalhou o cronograma para as mudanças na Cepti e na Cedes.

Vilop – A CEE apontou as demandas recebidas em função da reestruturação da Vilop, questionando sobre a extinção da Gilog, Giseg e Gilie, entre outras, e a transferência de atividades para centralizadoras. A representante não se manifestou sobre a extinção ou criação nem sobre os empregados das áreas. Questionada sobre a ausência de participação da Vilop no processo de migração das unidades para as agências, comprovou o descaso da direção da Caixa com o tema ao demonstrar desconhecimento sobre o fato.

Vired – A CEE cobrou também posicionamento da Vired em relação às informações de que haveria redução no número de Superintendências de Rede, caindo de 54 para 27 no país. O representante da Vired não se manifestou.

“A falta de respostas dos representantes da Caixa que deveriam ter domínio sobre os temas, já que foram indicados pelas áreas correlatas, comprova a falta de transparência no processo e o descaso com os empregados. Pautamos o tema na mesa, conforme prevê a cláusula 47 do Acordo Coletivo de Trabalho, e questionamos formalmente via ofício. Queremos uma nova mesa, para aprofundar os debates sobre o assunto, já que a própria Caixa confirmou as mudanças. Mas as poucas respostas que trouxe, foram incompletas e insatisfatórias”, ressaltou Leonardo Quadros.

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