A greve dos bancários completa nesta quarta-feira, 2 de outubro, seu 14º dia. A reivindicação da categoria é por aumento real, PLR maior e melhorias nas condições de trabalho. Em todo o tempo de paralisação não houve proposta alguma por parte dos banqueiros, os únicos culpados pela greve que será por tempo indeterminado.

Desde o início de setembro, quando foi apresentada a única proposta – de reajuste de 6,1% –, os banqueiros estão em silêncio e não se pronunciaram com a intenção de realizar acordo para conceder aumento real ou qualquer solução para as condições de trabalho e metas abusivas.

Os termos foram rejeitados por assembleias realizadas em todo o país, as mesmas que aprovaram o início da greve no dia 19 de setembro.

A presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, ressalta que as receitas de tarifas têm progressivamente aumentado sua contribuição para geração de lucro nos bancos. “Atingiram R$ 92,3 bilhões, nos últimos 12 meses, com alta de 10,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Com um lucro que aumenta a cada ano (foram quase R$ 60 bi entre junho de 2012 e de 2013), os bancos podem atender às reivindicações da categoria. Se quiserem acabar com a greve, vão ter de atender”, disse Juvandia, uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

Em 27 de setembro, o Comando enviou uma carta à federação dos bancos (Fenaban) reiterando sua disposição de negociar. “O silêncio dos bancos mostra o descaso com os trabalhadores e a sociedade. Qualquer prejuízo à população será responsabilidade dos banqueiros”, reforça a presidenta do Sindicato.

Estão paralisadas as concentrações da Superintendência Regional Santo Amaro, da Caixa; Verbo Divino, do Banco do Brasil; Nova Central, do Bradesco; Casa 2, do Santander; e os CAs Vila Mariana (antigo CPSA) e Brigadeiro, do Itaú.

Também pararam os funcionários da Compensação do Banco do Brasil, e do CMA (Centro de Monitoramento de Atendimento), empresa terceirizada que presta serviços na área de tecnologia para o BB e fica no mesmo prédio.

Aa agências nos centros velho e novo estão fechadas, assim como na zona norte, unidades na Vila Guilherme, Tucuruvi, Imirim, Vila Sabrina, Jaçanã, Jardim Brasil, Vila Gustavo e Vila Nova Cachoeirinha.

Na região sul, a greve chegou às avenidas Giovani Gronchi e do Pinedo, além das ruas Lins de Vasconcelos e Jundiaí, onde também funciona um contingenciamento. Na leste, bancários fecharam unidades da Avenida Rio das Pedras, em Aricanduva, bairros Belém, Água Rasa, Vila Formosa e região da Rua do Orfanato na Vila Prudente.

A categoria também está em greve em agências da Barra Funda, Pacaembu e Água Branca, na zona oeste de São Paulo, bem como nas avenidas Paulista e Brigadeiro Luis Antônio.

Há também paralisação em agências de Alphaville, Itapecerica da Serra, Santana do Parnaíba, Cotia, Embu das Artes, Embu Guaçu e São Lourenço.

 

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