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Os bancários completaram 19 dias de greve nesta segunda-feira, dia 7, mobilizando 32 mil trabalhadores de 608 locais, sendo 593 agências e 15 centros administrativos, em São Paulo, Osasco e região.

A forte adesão mostra a insatisfação da categoria com a proposta feita pela federação dos bancos (Fenaban) na sexta, 4, com 0,97% de aumento real (reajuste de 7,1%) e nenhum avanço para questões consideradas prioritárias pelos bancários, como o fim da pressão por metas e melhoria nas condições de trabalho.

No final da tarde desta segunda-feira, reunidos em assembleia na Quadra, os bancários confirmaram a rejeição da nova proposta e mantiveram a paralisação por tempo indeterminado.

“Há uma margem muito grande de lucro sendo apropriada somente pelos bancos. A sociedade quer sua parte, na forma de melhores serviços, e os bancários na forma de melhores salários e condições dignas de trabalho. Por isso cobramos além de um reajuste maior, propostas mais concretas para acabar com a pressão que adoece a categoria e mais contratações para melhorar o atendimento e reduzir a sobrecarga de trabalho”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato. “Com os altos lucros, é um absurdo os bancos não apresentarem proposta digna para os trabalhadores”, acrescentou.

O Comando Nacional dos Bancários encaminhou documento à Fenaban reafirmando a necessidade de os bancos apresentarem novo documento que de fato atenda às reivindicações econômicas e sociais dos bancários. “O lucro dos bancos nos últimos sete anos cresceu 120%, isso representa alta de 55% acima da inflação. Além disso, a proposta não dialoga com questões fundamentais, como melhores condições de trabalho. Outras categorias com lucro menor tiveram aumento real maior nesse semestre“, afirmou, ainda, Juvandia Moreira, uma das coordenadoras do Comando Nacional.

Fonte: SEEB-SP

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