Em 28 de abril, representantes da APCEF/SP e do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, na busca por soluções dos problemas enfrentados pelos trabalhadores nas retaguardas (Retpvs) da Caixa de todo o Estado, participaram de uma mesa redonda na Delegacia Regional do Trabalho (DRT). O pedido da reunião partiu das próprias entidades.
Estiveram presentes ao debate, representantes da Caixa (Giret/SP e Gimat/SP) e da DRT, que foi a mediadora do encontro.
A reunião, iniciada com a apresentação de diversas fotos que demonstraram as más condições de trabalho a que os empregados da Caixa estão submetidos nas Retpvs, foi baseada no levantamento que a APCEF/SP está fazendo em todo o Estado, o chamado Raio X das agências.
O fiscal do trabalho, Gianfranco Pampalon, ressaltou, na ocasião, a importância da reunião e de suas deliberações para a resolução dos problemas não só em regiões específicas, mas, sim, em todas as unidades do banco em São Paulo.

• Retpvs

O foco das discussões foram as retaguardas do banco. Os representantes dos empregados ressaltaram todos os problemas que são constantemente encontrados em visitas às unidades da Caixa em São Paulo: falta de espaço, sistema de ar-condicionado ineficiente ou até mesmo inexistente. Isso sem contar as péssimas condições de trabalho, reflexo, também, da falta de móveis e equipamentos ergonomicamente adequados.
Representantes da Caixa afirmaram que o modelo das agências novas, chamadas também de expressas, não foi satisfatório e que está sendo revisto pela direção do banco. “A Caixa tem muitos clientes e precisa de espaço” – comentou um dos representantes da empresa.

• Planejamento

As entidades representativas dos empregados ressaltaram a falta de planejamento da Caixa, em especial no que diz respeito às reformas e à abertura de novas agências.
Sugeriram, ainda, a realização de um trabalho conjunto entre os setores da Caixa para que as medidas adotadas para solucionar problemas em determinadas agências da capital e do interior sejam padronizadas, como tentativa de resolvê-los definitivamente.
“Não podemos atuar no varejo, ou seja, só se ajeita o que for fiscalizado, notificado ou autuado pela DRT nas unidades da Caixa. Se for assim, ficaremos dependentes dessas ações e não resolveremos o problema como um todo. O objetivo dessa reunião é encontrar soluções para o Estado” – ressaltou o diretor da Associação, presente ao encontro, Sérgio Takemoto.

• Entidades apontam problemas em diversas unidades

A representação dos empregados apresentou, na reunião, diversos problemas encontrados em unidades da capital – agências Liberdade, Terminal Rodoviário Tietê, Itaim, Terminal Barra Funda e prédio da Rua São Joaquim – e, com a mediação da DRT, foram estipulados prazos para que a Caixa regularize as situações. Acompanhe:
– Liberdade: os empregados não têm espaço para atender o público. A solução indicada pela Caixa é a mudança de layout. O prazo acertado com a DRT para execução é de 30 dias.
– Terminal Rodoviário Tietê: tem problemas de espaço também. Há um projeto de ampliação da unidade.
Representantes da Caixa informaram que o aluguel de um outro local ao lado da agência precisa passar por processo de licitação e, ainda, será necessária a realização de obras para adaptação. Prazo pedido pelo banco para regularizar a situação: cerca de 60 dias.
– Itaim: o local ocupado por um cofre no subsolo da agência é, também, o local de trabalho de um empregado, que tem de conviver com o forte cheiro de mofo, em um lugar sem ventilação, para conferência de valores.
De acordo com relatos das entidades, que já estiveram no local, as condições de trabalho são péssimas. A Caixa tem um prazo de 15 dias para apresentação de soluções.
– Barra Funda: já foi feita fiscalização pela DRT na unidade, que tem problemas de falta de espaço na Retpv, com péssimas condições de trabalho. Foi prometido pela Caixa, à época, que a área de retaguarda seria mudada de local em março deste ano. Até o momento, nada foi feito. A DRT deve visitar a agência novamente e a Caixa deve ser autuada.
– Prédio da Rua São Joaquim: há problemas com o sistema de ar-condicionado, elevador sem manutenção há 18 meses, ambiente com mau cheiro por causa de esgoto no subsolo.
De acordo com a representação da Caixa, tais situações ocorreram por questões de ordem legal, que não foram solucionadas em tempo hábil antes da mudança dos empregados da Rua Bela Cintra para lá. Foi informado, durante a reunião, que há um novo contrato para manutenção dos elevadores. Quanto ao ar-condicionado, a Caixa comprometeu-se a enviar um técnico para verificar o balanceamento do ar nos andares e amenizar a situação enquanto o contrato com a empresa de manutenção não fica pronto.
Foi constatado, de acordo com a Caixa, que o mau cheiro no subsolo deve-se ao rompimento de uma tubulação da Sabesp, mas o problema ainda não foi sanado. O banco deve dar um parecer sobre prazos para solução das pendências ainda na primeira semana de maio.
“É preciso que os empregados fiscalizem as ações da Caixa, tanto nas unidades abordadas durante a reunião na DRT como, também, nas demais ainda não fiscalizadas. Se a sua agência apresenta algum tipo de irregularidade, denuncie!” – comentou o diretor da Associação.

Denúncias, ligue (11) 3017-8322, 3017-8324
ou envie e-mail para: diretoria@apcefsp.org.br.

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