Está agendada para esta terça-feira (11), a partir das 11h, a votação no plenário do Senado do nefasto PLC 38/2017, que institui a “reforma” trabalhista. Para barrar a proposta, que altera mais de 100 pontos da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e retira direitos historicamente conquistados, centrais sindicais e movimentos populares convocaram trabalhadores e trabalhadoras para irem a Brasília a fim de pressionarem os senadores a rejeitarem o projeto.

A reforma trabalhista teve relatório favorável aprovado pela CCJ no dia 28 de junho. Apesar do empenho da bancada de oposição – composta por parlamentares do PT, PCdoB, PDT, PSOL, REDE, parte do PSB e alguns senadores do PMDB – para barrar a matéria, os governistas aprovaram o relatório sem nenhuma alteração no texto que passou pela Câmara dos Deputados, para que ele posa seguir direto para sanção presidencial, caso aprovado.

“Não temos outra opção a não ser aumentar a pressão sobre os senadores. Não podemos permitir o desmonte dos direitos da classe trabalhadora. A participação dos empregados da Caixa e de toda a categoria bancária é fundamental”, diz o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira. Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT, acrescenta: “Precisamos mobilizar caravanas e ônibus das nossas entidades, federações e sindicatos. Com faixas, cartazes e com a nossa marca muito forte e representativa”.

Retrocesso de um século

De acordo com a juíza Valdete Souto Severo, do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, as medidas que compõem a nova legislação selam a vinda de tempos sombrios e o retrocesso equivalente a um século. Durante a 19ª Conferência Estadual de Bancários(as), realizada no sábado (8) pela Fetrafi-RS, a magistrada destacou as atrocidades propostas. Além da retirada sumária de direitos trabalhistas, o PLC 38 impõe do início ao fim a precarização extrema do trabalho, a redução do pleno emprego e a destruição do consumo interno.

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