Na sexta-feira, dia 14 de julho, a direção da Caixa anunciou o Programa de Desligamento Voluntário Extraordinário (PDVE) e na segunda-feira seguinte, dia 17 de julho, o Conselho Diretor da empresa envia comunicado aos empregados quanto ao processo de reestruturação. Você entendeu o recado?

A direção da Caixa deixou bem claro que para a lista dos ‘indesejáveis’ oferece apenas duas saídas: a demissão voluntária ou a perda de função.

Os frequentes ataques à empresa, às funções comissionadas e ao emprego, enfrentadas na Caixa, tem o objetivo de enfraquecê-la e desmontá-la.

Muitos empregados até acreditam que estão “salvos” desta avalanche. Entretanto, a cada dia que passa, muitos começam a perceber que essa onda está chegando cada vez mais perto e que não há garantias de emprego sem luta, unidade e mobilização da categoria.

A reestruturação anunciada pela Caixa consiste em reduzir o número de empregados em áreas meio e sua extinção e o fechamento de agências.

O resultado disso são perdas de função e o sucateamento da empresa com áreas meio ineficazes e a realocação de empregados em agências que não irão suprir a lacuna já existente com a realização de Planos de Apoio à Aposentadoria, de Programas de Desligamento Voluntário Extraordinário e a falta de contratação.

Pelo processo de reestruturação serão 1.675 empregados de áreas meio realocados até fevereiro de 2018 em todo país. Já por meio do PDVE a direção da Caixa quer reduzir o quadro de empregados em 5.480. No primeiro semestre foram desligados 4.600 empregados.

Em comunicado aos empregados, o Conselho Diretor da Caixa alega que “é preciso inovar e modernizar os serviços bancários com a redução de presença física em prol de uma experiência digital focada no cliente e implantar medidas para redução das despesas administrativas e operacionais”.

Com essas premissas a Caixa apresentou estudos que consideram como perspectivas de melhorias a automação de processos, a centralização de atividades, a otimização da força de trabalho e a eficiência logística. Nestas perspectivas incluem também a automação de 43 processos e 530 sistemas departamentais serão avaliados para possível incorporação no parque tecnológico.

“Está claro que a direção da Caixa vem reduzindo sua participação no mercado e ao mesmo tempo diminuindo seu tamanho, o que poderá inviabilizar seu papel social”, diz o diretor Edvaldo Rodrigues.

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