Em 26 de março, durante rodada de negociação permanente com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) e com a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), em Brasília, a direção do banco apresentou proposta preliminar para a revisão da atual estrutura salarial da carreira profissional.

Entre as sugestões apresentadas pela Caixa, estão a reabertura da adesão para os empregados que permaneceram nos Planos de Cargos e Salários (PCSs) de 1989 e de 1998 e o realinhamento da tabela salarial vigente. A proposta da empresa prevê estrutura com 36 referências salariais e amplitude de 61%, oito horas de jornada para os trabalhadores da carreira profissional e parametrização de salários, com base em pesquisa de mercado em bancos públicos e privados, além de órgãos estatais.

As condições impostas pela Caixa para a implantação da nova tabela na carreira profissional – que hoje conta com um quadro de 2.377 empregados, 80% engenheiros, advogados e arquitetos – são: desistência das ações colidentes e não pertencer ao plano REG/Replan da Funcef.

A proposta da Caixa não agradou a Contraf/CUT e a CEE/Caixa. Um dos problemas apontados refere-se à questão de valores.

Cálculos preliminares apontam que o salário de um profissional em início de carreira não contempla a expectativa, o mesmo ocorrendo com os trabalhadores com mais tempo de empresa, por exemplo. Igualmente preocupante é o fato da proposta da Caixa não prever a opção pelo retorno da jornada de seis horas para todo o quadro de profissionais, condição inadmissível para a representação nacional dos empregados.

Para a Contraf/CUT – CEE/Caixa, a proposta é rebaixada e aumenta as distorções já existentes. Também não houve concordância em relação à exigência de o empregado desistir de ações judiciais e à jornada de oito horas.

Para o coordenador da CEE/Caixa, Jair Pedro Ferreira, as restrições ainda constantes na nova tabela salarial dificultam o avanço das negociações.

"Será realizado um debate com o movimento sindical bancário para organizar a mobilização dos profissionais e pressionar a Caixa. Não queremos a adequação, mas, sim, a valorização da carreira profissional" – afirmou Jair Pedro.

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