Caixa Econômica Federal, Petrobrás, Banco do Brasil, outras estatais e seus empregados são os alvos deste ataque feroz do governo interino de Michel Temer.

Denúncias, delações e articulações envolvendo pessoas ligadas à Petrobrás promoveram a espetacularização nos meios de comunicação e, por fim, o discurso de enfraquecimento da empresa.

Queda das ações na bolsa de valores, afirmações de que a empresa não tem condições para dar sequência aos projetos, subsidiárias e exploração do pré-sal são alguns dos elementos que compõem a argumentação do governo e seus ‘porta-vozes’ na justificativa para a venda dos negócios mais promissores para o desenvolvimento do país e para financiar a educação e a saúde.

Venda da Liquigás x Empregos em risco

Oficialmente em 15 de junho deste ano, no site da Petrobrás, foi divulgado nota que informa: “Iniciamos o processo competitivo para a venda da Liquigás Distribuidora S.A., subsidiária integral de capital fechado que atua no engarrafamento, distribuição e comercialização de gás liquefeito de petróleo (GLP)”, conhecido como gás de cozinha.

A nota gerou manifesto dos petroleiros e no dia seguinte a Federação Única dos Petroleiros (FUP) divulgou matéria com o título: “Privatização da BR e da Liquigás acelera desmonte da Petrobrás”.

Indignados, os petroleiros afirmam que trabalhadores concursados da subsidiária estão preocupados com a notícia, já que não sabem se poderão ser absorvidos pela Petrobrás.

Venda da Liquigás x Brasil em promoção

A Liquigás detém 21,86% do mercado de gás liquefeito de petróleo no país. É a segunda maior empresa do ramo, perde apenas para Ultragaz, com 22,50%. Outras empresas são SuperGasBras com 20,77% e Nacional Gás Butano com 19,77%, a Copagaz aparece com 8,22%.

A empresa, que é subsidiária da Petrobrás, está presente em quase todos os estados brasileiros, conta com 23 centros operativos, 19 depósitos, uma base de armazenamento e carregamento rodoferroviário e uma rede de aproximadamente 4.800 revendedores autorizados.

“A Petrobrás e suas subsidiárias são parte de projeto de futuro para o país, para a população e de fortalecimento de políticas de Estado. Esse desmonte da estatal e o ataque aos trabalhadores fazem parte de outro projeto que prevê a privatização de tudo que for possível.

Há enorme risco destas políticas chegarem à Caixa e, consequentemente, aos seus empregados”, diz a diretora da APCEF/SP Ivanilde de Miranda.

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