A pedido da APCEF/SP e do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, o prédio da Bela Cintra, na capital, passou por fiscalização da Delegacia Regional do Trabalho (DRT) em 9 de dezembro.
No dia seguinte, a Caixa Econômica Federal foi notificada, na própria DRT, dos problemas encontrados pelo fiscal e recebeu prazos para adequação. Caso a empresa não tome as providências necessárias, pode haver autuação da Caixa e até a interdição do prédio. “Há tempos estamos chamando a atenção para as más condições em que se encontra o local” – comentou a diretora-presidente da APCEF/SP, Fabiana Matheus.
No prédio funcionam a Gifug e a Gises. Centenas de empregados trabalham no local, entre funcionários da Caixa e terceirizados.

• Problemas antigos
Em março deste ano, o sistema de alarme da unidade apresentou problemas e foi removido, mas só depois de questionamentos feitos pela APCEF/SP, no início de maio, é que novos equipamentos foram instalados.
Outro problema ocorrido foi durante o último treinamento realizado pela Brigada de Incêndio do prédio. Na simulação, os trabalhadores tiveram sérias dificuldades em sair pela escada de emergência, que é muito estreita.
No fim de agosto houve rompimento de uma tubulação hidráulica no terceiro andar do prédio. O acidente provocou o alagamento de todos os andares até o térreo, além de inutilizar três computadores, uma impressora, parte do forro e carpete.
Em novembro, dia 26, as placas de gesso do corredor que dá acesso ao local de trabalho despencaram.

• Apontações da fiscalização
Entre as providências exigidas pela fiscalização está a complementação da escada de incêndio, instalada apenas até a sobreloja, de forma a garantir uma saída com rapidez e segurança em caso de incêndio. Prazo para adequação: 20 dias.
Também pediu-se a proibição da realização de refeições no subsolo. Prazo para adequação: dois dias.

• Contrato de aluguel está no fim
O contrato de aluguel do prédio da Rua Bela Cintra termina neste mês. Há uma placa de venda no local, mas não há previsão alguma de mudança. “É preciso que a Caixa realize, com urgência, as reformas solicitadas pelo fiscal da DRT, pois há sérios problemas de segurança” – explicou a diretora-presidente da Associação. “Para que se resolva definitamente o problema, é necessária a mudança de prédio” – completou.
As entidades representativas dos empregados estão acompanhando, ao lado da DRT, as providências tomadas pela Caixa.

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