Na manhã da sexta-feira, dia 26, os empregados que trabalham no prédio da Rua Bela Cintra, na capital, tiveram uma surpresa ao chegar: as placas de gesso do corredor que dá acesso ao local de trabalho haviam despencado. “Há tempos denunciamos as más condições do prédio. Se o teto tivesse caído durante o dia, poderia ter causado uma tragédia” – lembrou a diretora-presidente da APCEF/SP, Fabiana Matheus.
Nas dependências do prédio da Rua Bela Cintra trabalham centenas de funcionários, entre empregados e terceirizados. Ali funcionam a Gifug e a Gises. O acesso ao prédio está sendo feito por uma sala de reuniões.

• Problemas antigos

Entre os principais problemas do prédio estão: frágil estrutura elétrica, falta de segurança…
Em março deste ano, o sistema de alarme da unidade apresentou problemas, foi removido, mas só depois de questionamentos feitos pela APCEF/SP, no início de maio, é que novos equipamentos foram instalados.
Outro problema ocorrido foi durante o último treinamento realizado pela Brigada de Incêndio do prédio. Na simulação, os trabalhadores tiveram sérias dificuldades em sair pela escada de emergência, que é muito estreita.
No fim de agosto houve rompimento de uma tubulação hidráulica no terceiro andar do prédio.
O acidente provocou o alagamento de todos os andares até o térreo, além de inutilizar três computadores, uma impressora, parte do forro e carpete.

• Busca de soluções

Em abril deste ano, durante reunião com a APCEF/SP, a Giinf/SP afirmou que um novo prédio estaria em licitação para a mudança dos setores que ocupam a unidade da Rua Bela Cintra. A aprovação, no entanto, dependeria da área contratante, neste caso, da Gifug e Gises.
Em 1º de setembro, a diretora-presidente da APCEF/SP, Fabiana Matheus, entrou em contato com o vice-presidente de Transferência de Benefícios da Caixa, Carlos Augusto Borges, e cobrou providências quanto à mudança das áreas-meio lotadas no prédio da Rua Bela Cintra para outras dependências.
Na época, o vice-presidente da Caixa comprometeu-se a analisar o caso e a apresentar uma alternativa em breve. Passaram-se três meses e, até agora, nada foi apresentado. “Temos urgência na resolução do caso da Rua Bela Cintra por motivos óbvios: falta de condições de trabalho e segurança dos empregados. A Caixa não pode ficar esperando o pior acontecer para, depois, tomar providências” – comentou Fabiana.
O contrato de aluguel do prédio da Rua Bela Cintra termina em breve. Há uma placa de venda no local, mas não há previsão alguma de mudança. “Estamos tomando providências. Já acionamos a Delegacia Regional do Trabalho” – concluiu a diretora-presidente da Associação.

Compartilhe: