Da Agência Fenae

Movimento nacional dos bancários reivindica seriedade nas negociações de itens como PCS, isonomia, contratação de mais empregados, saúde, aposentados e Funcef

Representantes do movimento nacional bancário entregaram em 14 de agosto, em Brasília, para a direção da Caixa Econômica Federal a pauta de reivindicações específicas da campanha salarial de 2007, definida pelos delegados do 23º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef), que ocorreu no fim de julho em São Paulo. O documento foi recebido pelo vice-presidente de Gestão de Pessoas da Caixa, Carlos Gomes.
A entrega da minuta dos empregados da Caixa foi precedida do ato de lançamento oficial da campanha salarial deste ano, com negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para debater as questões gerais e com negociações por banco para tratar das questões específicas, realizado ontem em frente ao edifício-sede da Matriz da Caixa.
Do lado do movimento sindical bancário, a mesa estava bastante representativa. Contou com a presença de membros do Comando Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), além de diretores de federações e de sindicatos dos bancários de diversos pontos do país. Houve ainda a participação do diretor-presidente da Fenae, José Carlos Alonso, e do presidente da Fenacef, Décio de Carvalho.
Ao fazer a entrega da minuta específica, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Vagner Freitas, conclamou a empresa a negociar com seriedade itens como Plano de Cargos e Salários (PCS), isonomia entre novos e antigos empregados, saúde e Funcef. E acrescentou: “É verdade que nos últimos anos houve acordos satisfatórios, mas faz-se imperativo avançar muito mais, dando à Caixa o mesmo padrão que o governo Lula impõe ao país. Nos bancos públicos federais, vigora ainda um perfil conservador de atuação, apesar dos avanços registrados nos últimos anos”.
O diretor-presidente da Fenae, José Carlos Alonso, apontou a carência de pessoal nas unidades de ponta como um dos principais problemas. Ele disse que a contratação de mais empregados é essencial para tornar a Caixa uma empresa boa para se trabalhar e para a oferta de atendimento digno a todos os seus clientes. Alonso lembrou ainda que uma das principais inovações da campanha salarial deste ano é a volta às origens: a Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa) contará com a participação de um representante dos aposentados. Defendeu também que fosse efetivado urgentemente o acordo que restabelece o pagamento pela Caixa da complementação denominada Plano de Melhoria de Proventos e Pensões (PMPP), assim como a imediata retomada da concessão do auxílio-alimentação para todos os aposentados. “É preciso fazer justiça e, para isso, a empresa deve universalizar esse direito”.
O presidente da Fenacef, Décio de Carvalho, elogiou a dinâmica dada pelo governo federal para o processo de negociações da campanha salarial. Observou que “se não fosse o presidente Lula, ainda não estávamos saindo do lugar. Avançamos bastante e o desafio é avançar ainda mais”.
A Caixa foi representada pelo seu vice-presidente de Gestão de Pessoas, Carlos Gomes. Ele destacou que a questão de um atendimento melhor é fundamental, assim como o salário é igualmente fundamental. Para Carlos Gomes, o momento é de expectativa e acrescentou em seguida: “A Caixa está sob novo modelo de gestão, mas não queremos ficar só na expectativa. Se não der para atender todas as reivindicações, vamos nos esforçar para atender pelo menos boa parte delas”.
Em seguida Carlos Gomes passou a apresentar os representantes da empresa para as negociações específicas da campanha salarial deste ano. A comissão que negociará pela Caixa será coordenada por Sueli Mascarenhas.

• Principais reivindicações

A pauta específica entregue à direção da Caixa tem como principais reivindicações a imediata contratação de mais empregados, a criação de um novo PCS para todos os bancários, a solução para os problemas do Saúde/Caixa, o fim do assédio moral e da violência organizacional e a extensão do auxílio e da cesta-alimentação para todos os aposentados e pensionistas.

• Negociações sobre o Saúde Caixa

Embora a primeira rodada de negociações específicas da campanha salarial deste ano não tenha sido agendada, representantes dos empregados e da Caixa reúnem-se em 16 de agosto, às 15 horas, em Brasília.
Nesta reunião, o assunto em debate é o pagamento das participações do Saúde Caixa não cobradas no período de março de 2005 a março de 2007.
Para preparar o encontro com a empresa, os membros da CEE/Caixa estarão reunidos a partir das 11 horas, na sede da Fenae.

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