Bancários de todas as instituições financeiras reuniram-se ontem, no centro da capital, em passeata da Campanha Nacional. O Dia de Luta da categoria reuniu cerca de 1,5 mil pessoas que protestaram pelas péssimas condições de trabalho, baixos salários e metas abusivas.

A manifestação contou com a participação da banda de pop rock Ritz, artistas circenses e a bateria da escola de samba Tom Maior. Mesmo com descontração, a manifestação não perdeu o foco: pressionar banqueiros a aceitar as reivindicações dos bancários na campanha nacional que, até agora, não apresentou avanços em favor dos trabalhadores.

Para o diretor-presidente da APCEF, Sérgio Takemoto, os números divulgados recentemente sobre os lucros astronômicos dos bancos mostra que não há motivos para a recusa dos banqueiros em atender às reivindicações dos trabalhadores. "Falta de dinheiro não é desculpa. No entanto, até agora, todas as reivindicações foram rejeitadas", disse.

As propostas apresentadas sobre saúde, condições de trabalho, segurança, emprego e igualdade de oportunidades foram recusadas e, segundo Takemoto, a passeata é uma forma de pressionar os bancos para, daqui em diante, avançar nas negociações.

O presidente da CUT, Wagner Freitas, lembrou do argumento dos banqueiros de que não podem dar aumento salarial por causa da crise econômica "Mas na hora de atender, os bancos extorquem o cliente nas tarifas, atendem mal, e banqueiro é isso, é um mal para a sociedade brasileira", completou.

O presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, usando a camiseta "Não ao PL 4330", enfatizou a importância da ousadia, unidade e mobilização da categoria para pressionar os bancos. "Precisamos tomar as ruas para cobrar nossos direitos, como remuneração, emprego, saúde, segurança e condições de trabalho, e combater o projeto da terceirização que, se aprovado, permite terceirizar caixas e gerentes", destacou.

 

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