Os números não mentem: desde o início da greve, a adesão dos bancários à paralisação cresceu 92,5%, o que demonstra a insatisfação dos trabalhadores com seus patrões, os banqueiros.
Dados divulgados pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramos Financeiro (Contraf-CUT) dão conta que 7.437 agências de bancos públicos e privados não abriram suas portas nos 26 Estados e no Distrito Federal ontem, 5 de outubro, sétimo dia da greve nacional.
Esse número indica que o movimento grevista deste ano já é maior que o de 2009, quando 7.222 unidades paralisaram suas atividades no dia de maior mobilização da Campanha Nacional.
Ontem, dia 5, além das agências, ainda foram paralisados centros administrativos e outras dependências dos bancos em todo País.
“Os bancos empurraram os bancários para a greve, com uma postura intransigente e uma proposta rebaixada de reajuste, de 4,29%, que só contempla a inflação do período, sem aumento real. Com lucros bilionários, os banqueiros não têm motivos para não atender à pauta de reivindicações dos trabalhadores”, afirmou Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.
Para o diretor-presidente da APCEF/SP, Sérgio Takemoto, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e a direção da Caixa – que também não se manifestou sobre a retomada das negociações – deveriam acabar com o silêncio e retomar o diálogo com o Comando Nacional o quanto antes.
“A postura dos banqueiros é de total desrespeito aos bancários, que são os responsáveis diretos pela obtenção dos altos lucros das entidades financeiras”, afirmou Sérgio Takemoto. “Está na hora de os patrões colocarem as pessoas em primeiro lugar e atender às reivindicações da categoria bancária”, finalizou.

Greve aumenta na Caixa
Sem uma nova proposta dos patrões, o movimento grevista na Caixa vai se fortalecendo a cada dia, assim como nos demais bancos do País.
Nesta quarta-feira, o número de unidades vinculadas às SRs da capital que estão em greve ou funcionando parcialmente aumentou em relação aos dias anteriores.
No restante do Estado, os bancários da Caixa continuam de braços cruzados em cerca de 90% das unidades.

Nova assembleia na capital
Uma nova assembleia para deliberar os rumos do movimento será realizada nesta quinta-feira, dia 7, a partir das 16 horas, na Quadra dos Bancários – Rua Tabatinguera, 192, Sé. Nas demais regiões, consulte o Sindicato de sua base e participe!

“O exercício da greve é um direito constitucional do trabalhador e não pode ser cerceado pelos bancos.”

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