A Caixa acaba de acender mais um pavio e, para variar, deixará o barril explodir nas mãos dos empregados. Desta vez, as vítimas são os tesoureiros de retaguarda.
A RETPV, desmontada pela Caixa há exatos 16 meses por conta da implementação do Peate, está de volta, para desespero dos empregados.
A novidade, agora, é que toda a responsabilidade da RETPV ficará por conta do tesoureiro – conformidade, gestão, conciliação, abastecimento do autoatendimento, entre outros quase 300 itens que fazem parte das suas “mais recentes” atribuições.
Para variar, infelizmente, primeiro a direção da Caixa toma as decisões, depois “vai lidando” com as complicações que tais ações, quase em sua totalidade sem planejamento, acarretam aos empregados.
Falta estrutura e empregados – a imposição da Caixa em retomar as RETPVs não foi precedida de qualquer tipo de planejamento estrutural e tampouco funcional.
“Os tesoureiros agregarão as funções que eram do gerente de retaguarda e terão muito mais responsabilidades. Com certeza, terão uma jornada ‘estendida’ de 16 horas diárias – pois as oito serão insuficientes para dar conta da demanda – e, ainda, não contarão com a mínima estrutura para o desenvolvimento do seu trabalho”, indignou-se o diretor-presidente da APCEF, Sérgio Takemoto.
Agravante – a questão da segurança dos tesoureiros também é tratada com o mesmo desdém. De acordo com o documento emitido pela Caixa, em 8 de novembro, não haverá segregação de ambiente, sendo necessário que o empregado tenha um lugar reservado para manuseio de valores: “(…) podem ter divisórias/biombos, com orientação básica para que sejam minimizadas obras e custos para ajuste ao novo modelo de retaguarda.”
A nova direção da Caixa não conhece a Caixa – há muito tempo, a APCEF vem questionando a gestão da empresa em todos os âmbitos, em especial, no trato com seus empregados.
“A direção da Caixa está tão distante do dia a dia dos seus empregados que toma decisões absurdas atrás de decisões absurdas sem que se meçam as consequências nas agências. Até quando a Caixa fechará os olhos para a própria Caixa?”, comentou Sérgio Takemoto.
Encontro estadual de tesoureiros – com o objetivo de buscar soluções e ações em relação à decisão da Caixa de retomar as RETPVs “de qualquer jeito”, a APCEF e o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região organizam, em 3 de dezembro, sábado, a partir das 9h30, no Auditório Amarelo do Sindicato, na capital, um encontro estadual dos tesoureiros de retaguarda.
Informações, ligue (11) 3017-8315. Para inscrever-se, envie e-mail para sindical@apcefsp.org.br.
Canal aberto em nosso site – os tesoureiros podem, também, manifestarem-se sobre a volta das retaguardas. Basta clicar aqui.

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Leia, abaixo, aguns comentários enviados pelos empregados à APCEF sobre o retorno das RETPVs:

– "Já estávamos sobrecarregados, mas parece que não foi o suficiente. Agora, teremos um pouco mais de atribuições, um pouco mais de horas extras (sendo que fomos instruídos a não passar das 8h diárias), um pouco mais de pendências acumuladas para dias seguintes, um pouco mais de cobranças por não estarmos cumprindo toda a ‘leve’ agenda, um pouco mais de dor de cabeça, um pouco mais de doenças psicológicas, um pouco menos de tempo com a família e muito menos segurança! Só isso! E quem se importa?"

– "Parece algo planejado para implodir, sem a mínima consideração com os empregados. Precisa haver um cargo acima do tesoureiro, que seja responsável pela retaguarda. Para variar, quem toma as decisões (erradas) fica numa sala com ar condicionado, cafezinho, água gelada e sabe o que mais tem nessa sala. Precisamos de união para reverter esse quadro de horror no qual estamos inseridos."

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