Não é de hoje que os empregados enfrentam o desrespeito com a jornada de trabalho na Caixa. Desta vez, o problema vem ocorrendo quanto ao pagamento das horas extras, a escala de folga dos empregados isentos de registro de jornada e de problemas com caixas minuto. Isso por conta do ‘convite’ para o trabalho aos sábados e a extrapolação da jornada, especialmente em dias de atendimento à população para o saque do FGTS inativo, cuja ‘convocação’ já foi contestada pela APCEF/SP.

As denúncias chegam mesmo após o presidente da Caixa, Gilberto Occhi afirmar aos dirigentes sindicais que: “Vamos pagar todos os empregados pelos sábados trabalhados e as duas horas em que as agências abriram mais cedo. Estamos tentando compensar o valor da PLR com essas horas extras”.

Ação da APCEF/SP, que pleiteia que a Caixa se abstenha de exigir dos seus empregados associados da APCEF/SP, de todo o estado, o trabalho aos sábados que está em andamento e ainda será julgada no mérito.  “Cobramos uma explicação da direção da Caixa”, afirma o diretor-presidente da APCEF/SP, Kardec de Jesus Bezerra.

A defesa do cumprimento da jornada de trabalho é uma luta antiga onde a APCEF/SP sempre esteve representando os empregados. Foram diversas campanhas pela marcação correta da jornada ao longo dos anos, além de ações sindicais e judiciais promovidas pela Associação.

Desde 1986, graças à mobilização e luta dos trabalhadores da empresa, é disciplinada pelo artigo 224 da CLT, prevendo "6 horas continuas nos dias úteis, com exceção dos sábados, perfazendo um total de 30 horas de trabalho por semana".

Além disso, garantiu-se aos empregados o pagamento do total de um milhão de horas extras, admitido pela direção da empresa, após dois anos de extenso trabalho de fiscalização nas agências e denúncias de irregularidades constatadas, no início dos anos 2000. Foi conquistado também o direito ao registro da jornada aos gestores, com a devida remuneração das horas extras realizadas, à exceção das chefias de unidades, a partir de 2012. Houve ainda o reforço no direito do repouso no sábado, por ocasião da tentativa de abertura das agências promovida pela Caixa em 12 de maio de 2012.

O aprimoramento do sistema de ponto eletrônico, para evitar o trabalho gratuito e os problemas que decorrem de irregularidades no registro da jornada, é mais uma luta. Um exemplo disso foram os casos de 2015 e 2016, quando a APCEF/SP, junto das entidades sindicais, participou de reunião de mediação na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Estado de São Paulo (SRTE/SP) sobre problemas relacionados a utilização do Sistema de Ponto Eletrônico do banco, o Sipon.

Denúncias

As denúncias são parte fundamental desta luta. É possível contatar o Departamento Sindical da APCEF/SP pelo (11) 3017-8315 ou e-mail: sindical@apcefsp.org.br. O sigilo é garantido.

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