No dia 10 de setembro aconteceu a primeira rodada de negociações específicas entre a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa) e a direção da Caixa.
A reunião, que aconteceu em Brasília, teve como principais temas em discussão o Plano de Cargos e Salários (PCS), o Plano de Cargos Comissionados (PCC) e a isonomia entre os empregados.
Os negociadores da Caixa mostraram disposição para discutir globalmente o PCS/PCC, mas continuam alegando dificuldades por conta da existência de um grande contingente de empregados que não optaram pelo Saldamento do REG/Replan e pelo Novo Plano da Funcef.
Representantes da Contraf-CUT lembraram que a reabertura do Saldamento e do Novo Plano é uma reivindicação já encaminhada à empresa pelos empregados. Ressaltaram, ainda, que não concordam com qualquer vínculo que se faça entre questões relativas aos planos de benefícios da Funcef e a estruturação de um PCS/PCC que atenda às expectativas dos bancários da Caixa.
“Achamos que a discussão do PCS deve ser completamente desobstruída e ter bastante objetividade. A Caixa precisa dizer claramente como pretende encaminhar esse assunto, indicado inclusive prazos a serem cumpridos. Não podemos permitir que a empresa volte a apenas indicar uma intenção para depois retroceder da decisão, como já ocorreu no passado” – frisou o diretor da Contraf-CUT e coordenador da CEE-Caixa, Plínio Pavão.

• Isonomia

Sobre a isonomia, representantes da Caixa disseram que não têm intenção de negociar. Para Plínio Pavão, a criação de uma tabela nova de PCS já seria um item da isonomia que queremos. “Porém, existe a questão da licença-prêmio e dos adicionais por tempo de serviço, reivindicações com as quais o banco não concorda. A Caixa precisa reconhecer as injustiças que existem com a diferença de tratamento entre novos e antigos empregados. As discrepâncias desestimulam os novos” – destacou.
Vale lembrar que a discussão da isonomia continua tramitando na Câmara Federal, com o projeto de lei 6259.
“A mobilização para a aprovação do projeto na Câmara dos Deputados e para pressionar a direção da empresa a atender às reivindicações dos empregados nas negociações é primordial” – ressaltou a diretora-presidente da APCEF/SP, Fabiana Matheus, sobre os itens destacados na primeira rodada de discussões ocorrida em 10 de setembro.

• Próxima reunião: 19 de setembro, quarta-feira

A próxima rodada de negociação ficou marcada para o próximo dia 19, na capital.
A pauta de reivindicações foi entregue à Caixa em 14 de agosto e contém itens relacionados também à saúde e condições de trabalho, segurança bancária, aposentados e contratação de novos empregados, entre outros.

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