Fonte: Fenae

Foto: Gerardo Lazzari

A exemplo da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), a Caixa Econômica Federal só deverá apresentar uma proposta oficial às reivindicações específicas dos seus empregados na próxima quinta-feira, dia 23 de setembro, quando ocorrerá uma nova negociação dos representantes da empresa com o Comando Nacional dos Bancários.

Sem avanços na reunião desta sexta-feira, dia 17 de setembro, em São Paulo, a orientação é intensificar a mobilização em todo o país, com manifestações nas agências e protestos que serão encaminhados pelos sindicatos em cada estado, durante o Dia Nacional de Luta convocado para terça-feira, 21 de setembro.

A terceira rodada de negociação específica com a Caixa foi marcada pelos debates sobre temas relacionados à Funcef e correspondentes bancários.

O Comando Nacional dos Bancários, assessorado pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), cobrou da empresa uma solução para as pendências relacionadas ao Complemento Temporário Variável de Ajuste de Mercado (CTVA) no âmbito da Funcef. A empresa ficou de formular uma proposta para ser discutida nas negociações da mesa permanente.

Foram debatidas também outras pendências judiciais que se acumulam na Funcef em função de questões trabalhistas. “São mais de 6 mil processos referentes a pagamento de abonos, revisão de índice salarial e outros pontos, que, no nosso entendimento a Caixa deveria ajudar a solucionar, por se tratar de pendências trabalhistas e não de previdência”, explicou o coordenador da CEE/Caixa e membro do Comando Nacional dos Bancários, Jair Pedro Ferreira. Segundo ele, os representantes do banco informaram que vão avaliar a reivindicação.

Veja outros pontos da negociação

REG/Replan
Os representantes dos bancários cobraram da Caixa o fim das discriminações aos participantes do REG/Replan não-saldado, principalmente no que se refere à migração para a tabela do novo PCS e à adesão ao PFG. A empresa reafirmou seu entendimento de que não se trata de discriminação e que, portanto, não há o que se reconsiderar. O Comando Nacional dos Bancários registrou protesto em relação a essa postura.

Migração do REB para o Novo Plano
O Comando Nacional dos Bancários reivindicou urgência na migração do pessoal do REB para o Novo Plano. A Caixa informou que a medida já foi aprovada internamente e está dependendo da aprovação dos órgãos controladores do governo para colocá-la em prática. Quanto ao direito de o pessoal do REB realizarem contribuições retroativas a 14 de junho de 2006, a empresa disse que esse direito será assegurado, bastando que o participante apresente requerimento, após aprovada a migração.

Voto de minerva
Foi reivindicada a extinção do voto de minerva no Conselho Deliberativo e na diretoria da Funcef. A Caixa argumentou que teria dificuldade de encaminhar tal alteração devido à existência de legislação que estabelece essa premissa.

Correspondentes bancários
O Comando dos Bancários questionou as precarizações e terceirizações na Caixa. Os representantes da empresa alegaram que a política de correspondentes bancários será mantida e que um projeto de reestruturação do atendimento começará a ser implantado ainda este ano. Os representantes dos trabalhadores reafirmaram o posicionamento contrário à terceirização e voltaram a reivindicar a contratação de mais empregados.

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