A partir de terça-feira da próxima semana, dia 30 de setembro, conforme decisão referendada na noite desta quinta-feira (25) pelas assembleias sindicais realizadas em todo o país, os bancários cruzam os braços por tempo indeterminado em resposta à intransigência dos banqueiros para as reivindicações da campanha nacional unificada deste ano, envolvendo trabalhadores das instituições financeiras públicas e privadas.

A decisão de paralisar as atividades em agências e unidades bancárias segue orientação do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) e assessorado pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), no caso específico da Caixa Econômica Federal.

A disposição da categoria bancária é construir uma greve forte em todo o Brasil. Para isso, e a partir do dia 30, serão realizados em todos os estados piquetes e manifestações, de modo a intensificar a pressão por aumento real de salários, PLR mais justa, valorização dos pisos e das verbas salariais, melhores condições de trabalho, Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) em todos os bancos, mais segurança contra assaltos e sequestros, garantia de emprego, ampliação do horário de atendimento bancário com dois turnos de trabalho, contratação de mais trabalhadores, combate ao assédio moral, fim das metas abusivas e igualdade de oportunidades.

Depois de cinco rodadas de negociação e um mês e meio após receber a pauta de reivindicações da campanha salarial 2014, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não apresentou uma proposta decente para o acordo coletivo com os bancários. Por isso, a decisão das assembleias sindicais foi uníssona: é GREVE. E por tempo indeterminado.

Cabe à categoria bancária participar de todas as mobilizações, sendo cada trabalhador responsável por construir uma paralisação nacional forte e unificada. Uma unanimidade: quanto mais bancários aderirem ao movimento, maiores serão as chances de a greve ser vitoriosa.

A maioria das bases sindicais do país realiza na próxima segunda-feira, dia 29, mais uma rodada de assembleias, para organizar o movimento. Informações apuradas até as 21h40 pelo plantão do setor de imprensa da Fenae registram os seguintes resultados das assembleias ocorridas na noite de hoje (quinta-feira – dia 25 de setembro).

Até agora, as bases sindicais que aprovaram greve por tempo indeterminado são as seguintes:

ABC (SP)
Acre
Alagoas
Amapá
Angra dos Reis (RJ)
Apucarana (PR)
Bahia
Baixada Fluminense (RJ)
Barra das Garças (MT)
Belo Horizonte (MG)
Brasília (DF)
Camaçari (BA)
Campinas (SP)
Campina Grande (PB)
Campo Mourão (PR)
Ceará
Chapecó (SC)
Cornélio Procópio (PR)
Criciúma (SC)
Curitiba (PR)
Dourados (MS)
Espírito Santo
Extremo Sul (BA)
Feira de Santana (BA)
Florianópolis (SC)
Guarapuava (PR)
Ilhéus (BA)
Itabuna (BA)
Itaperuna (RJ)
Jacobina (BA)
Jequié (BA)
Joaçaba (SC)
Juazeiro (BA)
Juiz de Fora e Região (MG)
Limeira (SP)
Londrina (PR)
Macaé (RJ)
Maranhão
Mato Grosso
Mato Grosso do Sul
Pará
Paraíba
Pernambuco
Piauí
Piracicaba (SP)
Porto Alegre (RS)
Rio de Janeiro (RJ)
Rio Grande do Norte
Rondônia
Rondonópolis (MT)
Roraima
Santa Maria (RS)
São Paulo (SP)
Sergipe
Sul Fluminense (RJ)
Teresópolis (RJ)
Tocantins (greve a partir de 1º de outubro)
Toledo/PR (rejeita proposta e decreta estado de greve)
Três Rios (RJ)
Uberaba (MG)
Umuarama (PR)
Vale do Paranhana (RS)
Vitória da Conquista (BA)

Fonte: Agência Fenae