Da Agência Fenae

Total de empregados concursados é 74.949. Patamar ainda é insuficiente para a empresa diminuir a discrepância entre a mão-de-obra disponível e o trabalho a ser realizado em todas as suas agências do País

“O resultado foi positivo e os números de 2007 reafirmam o papel da Caixa como banco público”. Foi com essa declaração que a presidenta da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Ramos Coelho, apresentou na última sexta-feira, 22 de fevereiro, em Brasília, o balanço de 2007 da empresa com registro de lucro líquido de R$ 2,5 bilhões. Um crescimento de 5,2% em relação ao mesmo período de 2006 (R$ 2,4 bilhões).
No balanço de 2007, o retorno da Caixa sobre o patrimônio líquido foi de 23,7%, enquanto o montante dos ativos chegou a R$ 249,6 bilhões. As carteiras de crédito obtiveram crescimento de 22,3%, passando de R$ 45,7 bilhões em 2006 para R$ 55,9 bilhões.
Na carteira habitacional, a Caixa teve bom desempenho. O registro é de R$ 21 bilhões em contratações. As operações contratadas atenderam 2,6 milhões de pessoas e propiciaram o benefício da moradia própria e a geração de 2,2 milhões de novos empregos. Foi registrado recorde em saneamento e infra-estrutura, com contratos na ordem de R$ 15,7 bilhões. No âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a empresa possibilitou a contratação de R$ 31,5 bilhões em recursos destinados à habitação, saneamento e infra-estrutura urbana.
Foi efetuado ainda o pagamento de 127 milhões de benefícios por intermédio do programa Bolsa Família, totalizando R$ 8,7 bilhões. A maioria dos beneficiários é da região Nordeste.
Foi divulgada ainda a estrutura de atendimento de que a Caixa dispõe hoje. Em 2007, o contingente de empregados chegou 74.949. Somando-se terceirizados, estagiários e menores-aprendizes, o total de trabalhadores foi de 100.916. Um patamar que ainda não oferece as condições necessárias para a empresa diminuir a discrepância entre a mão-de-obra disponível e o trabalho a ser realizado.
Para a Caixa suprir as necessidades das agências de todo o País, a campanha “Mais empregados para a Caixa – Mais Caixa para o Brasil”, lançada pela Fenae, APCEFs, Contraf/CUT e sindicatos, reivindica a adoção de uma estratégia que eleve o quadro de pessoal ao patamar mínimo de 100 mil empregados concursados, contingente ao qual deverão ser somados os 11.873 estagiários, os 10.456 terceirizados e os 3.638 menores-aprendizes.

• Contraf/CUT cobra pagamento da PLR

Com a divulgação do balanço de 2007, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) pretende cobrar nesta segunda-feira, dia 25 de fevereiro, o pagamento imediato da segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). O entendimento é de que a empresa continua lucrando muito e boa parte desse desempenho se deve ao esforço e dedicação de cada empregado.
Na nota divulgada em seu site na internet, a Contraf-CUT esclarece que, embora o resultado do ano passado seja expressivo, “a variação entre um ano e outro não atingiu o patamar mínimo de 15%, o que garantiria o pagamento da parcela adicional de PLR equivalente a R$ 600”.

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