Fonte: Contraf-CUT

Números do balanço do terceiro trimestre da Caixa Econômica Federal, divulgados nesta sexta-feira, dia 6, comprovam que a Contraf-CUT, as entidades sindicais e os empregados tinham razão quando decidiram permanecer em greve nacional para avançar nas reivindicações específicas e, assim, conquistaram um abono de R$ 700 e cinco mil de contratações, dentre outros avanços.

A Caixa fechou o terceiro trimestre de 2009, com lucro de R$ 869,9 milhões, uma alta de 20,4% sobre igual período do ano passado e acima das previsões conservadoras da direção da empresa.

"Não foram poucas as tentativas da Caixa, durante as negociações com o Comando Nacional dos Bancários, em criar dificuldades para o pagamento da PLR e atender outras demandas dos empregados", afirma Plínio Pavão, secretário de Saúde da Contraf-CUT. "Ao longo de todas as discussões, nós enfatizávamos que a Caixa podia mais e o balanço do terceiro trimestre revela que, mesmo não tenho acesso aos números, estávamos cobertos de razão", salienta.

Com esse resultado, fruto do empenho e dedicação dos trabalhadores da Caixa, o lucro acumulado até setembro atingiu R$ 2,027 bilhões. "Esse número representa quase a totalidade do valor projetado pela empresa para todo o exercício de 2009, que é de R$ 2,13 bilhões, o que nos leva a crer com o desempenho do último trimestre que o resultado será bem superior das previsões feitas pela instituição", aponta Plínio.

"Além disso, esse desempenho favorece a retomada do processo de negociação permanente, onde buscaremos novas conquistas para os trabalhadores", ressalta o diretor da Contraf-CUT.

Outros números do balanço

As receitas com intermediação financeira do banco atingiram no trimestre o montante de R$ 8,252 bilhões, o que representa um crescimento de 5,8% sobre o mesmo período do ano anterior. Porém, na comparação com o segundo trimestre, ocorreu uma queda de 5,12%.

Já as despesas com intermediação financeira foram de R$ 5,592 bilhões.

Durante o período, a Caixa foi, ao lado do Banco do Brasil, uma das armas usadas pelo governo federal para ativar o crédito no país, que no final do ano passado foi duramente castigado pela crise financeira global.

Essa agressividade na cessão de crédito pode ser notada na evolução da carteira do banco, que saltou de R$ 70,7 bilhões no final do terceiro trimestre de 2008 para R$ 113,8 bilhões em setembro deste ano, uma alta de 61%.

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