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São Paulo – O presidente da Caixa, Jorge Hereda, declarou há pouco que é contra a abertura de capital da Caixa, como foi cogitado no final do ano pelo governo. Hereda disse que se trata de sua opinião pessoal, mas admitiu ter discutido intensamente o assunto com a presidenta Dilma Rousseff. Segundo ele, a presidenta tem plena noção do papel social do banco e da importância da instituição como instrumento estratégico para o país, sobretudo por seu potencial de promoção de políticas anticíclicas em meio à instabilidade econômica global. 

"Algum analista econômico já calculou qual teria sido o PIB do país se os bancos públicos tivessem se comportado como os bancos privados nos últimos anos?", disse Hereda, durante apresentação do balanço da Caixa em 2014. "Não é preconceito, nem questão ideológica. É questão de lógica e racionalidade. E a presidenta está levando isso em consideração."

Hereda admite a abertura de capital na empresa de seguros, área em que a Caixa pretende ampliar a participação no balanço e em que há parceiros privados.

O banco anunciou nesta quinta-feira 12 lucro líquido de R$ 7,1 bilhões em 2014, 5,5% mais que em 2013. E que atingiu a meta de ocupar 20% da fatia de mercado de crédito.

Hereda, que preside a Caixa desde 2010, será substituído pela ex-ministra do Planejamento Miriam Belchior. Disse que é amigo pessoal dela e que é natural haver ajustes pontuais no decorrer de um planejamento de longo prazo (a instituição tem um plano de metas traçado para o período 2012-2022).

Para ele, a mudança de comando não deve significar mudança de direção ou rota em relação ao planejamento e ao papel da empresa, que considera um time que está ganhando. A formalização da substituição (nomeação de Miriam no Diário Oficial da União) está prevista para o próximo dia 23.

 

Fonte: Paulo Donizetti de Souza, Rede Brasil Atual

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