Do Seeb/SP

O governo federal mostrou disposição em corrigir a tabela do imposto de renda (IR). 
O aceno foi dado durante a primeira reunião do novo governo, realizada nesta quarta-feira, 26 de janeiro, com representantes das centrais sindicais, entre eles Artur Henrique da Silva, presidente da CUT. Do lado do governo participaram o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa. Eles também se comprometeram em não enviar ao Congresso Nacional assuntos relacionados aos trabalhadores sem antes ouvir as centrais sindicais.
As negociações serão retomadas na próxima quarta-feira, 2 de fevereiro, com pauta definida: a correção da tabela do imposto de renda, considerada pelos trabalhadores uma prioridade. “O processo de negociação entre as centrais e o governo, que por conta da transição presidencial estava parado, foi retomado”, diz Artur Henrique, que avaliou o encontro como positivo.
A presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, ressalta a importância da correção da tabela do IR. “A maioria das campanhas salariais de 2010 foi vitoriosa, com reajustes acima da inflação. Se não houver correção, o assalariado que recebeu aumento vai mudar de faixa na tabela e vai ter uma parte maior do seu salário comida pelo leão. Não podemos deixar que isso aconteça. Temos de pressionar”, adverte a dirigente.

Mínimo – na reunião dessa quarta-feira, os representantes do governo reiteraram, ainda, disposição de manter uma política permanente de recuperação do salário mínimo, mesmo que fosse necessário editar medida provisória até 2014, embora tenham ponderado a importância de efetivar essa política via Congresso Nacional.
Os representantes das centrais mantiveram a reivindicação de uma negociação excepcional, que garanta um reajuste do salário mínimo acima da inflação já para este ano. “Os trabalhadores não foram responsáveis pela crise. Os setores econômicos foram beneficiados por diversas medidas para diminuir os efeitos da crise, agora seria uma incoerência não conceder reajuste acima da inflação para os trabalhadores”, afirmou o presidente da CUT.

Elisangela Cordeiro – 26/01/2011

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