Depois da sétima tentativa de leiloar o direito comercializar as Loterias Instantâneas – a Lotex – em maio, o Governo Federal decidiu flexibilizar ainda mais as regras de concessão para atrair também empresas pequenas.
A saga da Lotex – A primeira tentativa de leilão foi em julho de 2018, mas não houve propostas.
Em novo edital, com previsão de leilão para novembro, o Governo Federal diminuiu exigências e valores buscando interessados.
Novamente sem interessados, o certame sofreu sucessivos adiamentos. Foi marcado para fevereiro, março, abril e maio, sem resultados.
Em jogo, o balcão da Caixa – O ganhador da concessão poderá utilizar a rede de revendedores lotéricos na comercialização da loteria instantânea e pagamentos dos prêmios.
Pouco antes do quinto adiamento, o BNDES, responsável pelo leilão, publicou documento produzido pela Caixa no qual se definiam os valores para utilização da rede.
Houve baixa nos percentuais. Em janeiro, a tarifa mínima era de 4,34% e a máxima 5,66% sobre o valor da aposta. Com a mudança, houve redução para 1,1% e 1,7%, respectivamente.
Indo pro ralo – No início, o Governo esperava obter, ao menos, R$ 1 bilhão com a outorga.
Em novembro de 2018, em novo anúncio de leilão, o BNDES divulgou que esperava arrecadar pelo menos R$ 642 milhões com a outorga, com o pagamento dividido em quatro parcelas. O prazo de concessão era de 15 anos.
Agora, o valor da garantia será reduzido para patamar de até 1/3 do estipulado no último edital.
O valor exigido anteriormente da garantia era de R$ 27,3 milhões. Essa garantia poderia ser prestada em dinheiro, título da dívida pública, seguro-garantia ou fiança bancária com vigência mínima de um ano.
Com a nova regra o valor pode ficar abaixo de R$ 9 milhões.
Na vitrine – A Lotex é um dos negócios, entre os já explorados pelo banco, que está na lista de vendas originada na gestão Temer e que o atual governo está levando adiante. Os demais negócios são loterias, cartões, seguros e asset (gestão de ativos).